Hospital Alcides Carneiro confirma três casos de bebês com superbactéria

Três recém-nascidos, internados na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Alcides Carneiro (HAC), foram infectados pela bactéria Acinetobacter, – considerado o primeiro dos 12 micro organismos resistentes a antibióticos mais perigosos para a saúde humana. Os casos tiveram início em agosto passado. Dois bebês já tiveram alta, mas um continua colonizado pela bactéria e está em área isolada da UTI neonatal. Pacientes com casos mais graves estão sendo transferidos para outras unidades do Estado como precaução. O objetivo é evitar novas contaminações.

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A situação vem sendo acompanhada pelo promotor da Infância e Juventude do Ministério Público Estadual, Odilon Lisboa Medeiros. “Fomos informados logo que foi identificada a bactéria, no dia 8 de agosto”, contou. Segundo o promotor, o hospital está tomando todas as medidas para o tratamento do paciente e precauções indicadas. “Embora o paciente esteja em área isolada, não se pode correr o risco de novos casos. Por isso, os pacientes que necessitam de UTI são estabilizando na área intermediária e transferidos para outras unidades reguladas pelo Estado”, explicou.

A UTI Neonatal do HAC, única do município que atende pacientes o SUS, possui três setores -, o intensivo, o intermediário e o canguru. Este último, ficam os bebês prestes a receber alta. A UTI possui oito leitos intensivos, oito intermediários e cinco do canguru. O setor intensivo, onde está o recém nascido acometido pela bactéria, está isolado.

O bebê internado está colonizado pela bactéria, mas não apresenta infecção ou seja, a bactéria não está em atividade. “Como é uma bactéria altamente resistente, o tratamento é difícil e o hospital não tem previsão de alta”, disse o promotor. A previsão para o controle da bactéria, no entanto, é de 90 dias. O prazo vence no início de novembro. Além do Ministério Público, a situação vem sendo acompanhada pela Secretaria de Estado de Saúde e Defensoria Pública.

Em nota, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES disse que, dadas as denúncias sobre contaminação por bactérias, na semana que vem técnicos da Vigilância Sanitária, em conjunto com profissionais da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, farão uma inspeção da unidade. Ainda segundo as informações enviadas pela Subsecretaria, em julho uma fiscalização chegou a ser feita no local, mas não constatou inconformidades para acarretar na suspensão do funcionamento da unidade.

Também em nota, a Secretaria de Saúde do município, por meio da Assessoria de Comunicação, alegou que nenhum paciente da UTI Neonatal do HAC precisou ser transferido e que não houve registro de mortes por conta da bactéria.