Hospital Santa Mônica firmou um TAC com o Estado para funcionar como unidade de apoio à covid-19

O Hospital Santa Mônica divulgou uma nota neste sábado (29) informando que firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Vigilância Sanitária ligada à Secretaria de Estado de Saúde para funcionar, em parte, como unidade de apoio à covid-19. Segundo a nota, o Hospital vem passando por adequações, e funcionou nesses dois meses em meio às obras solicitadas pelos órgãos de saúde responsáveis. O Hospital afirma que tomou as medidas necessárias para não colocar em risco pacientes e profissionais de saúde.

Nesta semana, o Ministério Público Federal e Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro chamaram a atenção da Secretaria Municipal de Saúde, para o fato do hospital requisitado pelo município não estar credenciado para oferecer leitos clínicos e, o mais grave, foi classificado como “risco sanitário alto” pela Vigilância Sanitária do Estado. Nesta sexta-feira (28), a Prefeitura esclareceu que a requisição foi feita com base na Lei do Hospital de Campanha, que não exige credenciamento junto à Vigilância Sanitária.

O hospital disse em nota, que parte da unidade hospitalar vem há algum tempo sofrendo diversas reformas em alas específicas com o objetivo de modernizá-la e transformá-la em um hospital de clínica médica, cuidados prolongados, além do serviço de psiquiatria que é ofertado na unidade. Esses procedimentos, segundo o hospital, foram requisitados e estão em curso nos órgãos responsáveis nas esferas municipal, estadual e federal.

“O Hospital Santa Mônica, como dito, ainda necessitava de pequenas adequações às exigências das autoridades responsáveis, o que já foi alcançado em quase a sua totalidade nesses dois meses que, para salvar vidas de pacientes petropolitanos, foi necessário funcionar em meio às obras solicitadas e devidamente permitidas por um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com a Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro. Evidentemente que todas as medidas necessárias foram tomadas para que não existisse qualquer risco sanitário aos pacientes e aos profissionais de todas as áreas que prestaram seus serviços e salvaram diretamente 189 vidas”, diz um trecho da nota.

Hospital recebeu mais de 200 pacientes de covid-19 em dois meses

Em março, o governo interino requisitou 51 leitos clínicos do Hospital Santa Mônica com a justificativa de evitar um colapso com consequências ainda maiores no sistema de saúde, por causa da pandemia. De acordo com o hospital, neste mesmo mês, havia sido finalizada a obra de uma ala inteira da unidade, restando apenas pequenas adequações. Com a requisição, a nova ala passou a funcionar como unidade de apoio para internação em clínica médica de pacientes de covid.

No período entre 23 de março e 23 de maio, a unidade recebeu 229 pacientes. Destes, 19 foram redirecionados para outras clínicas médicas, 19 retornaram para UTI, 03 pacientes morreram e tiveram 189 altas médicas. Os últimos pacientes foram transferidos até o dia 23 de maio. O Hospital informou que as transferências aconteceram em virtude dos resultados positivos devido a vacinação e conscientização da população que reduziram momentaneamente a demanda.

Essa requisição foi custeada com valores cedidos pela Câmara Municipal. A quantia de R$ 675 mil foi economizada no ano de 2020 pelo legislativo. A Prefeitura informou que foi gasto 40% deste valor. E que o restante dos recursos serão aportados na área de saúde, conforme compromisso firmado entre a Câmara e o município.

Confira a nota do Hospital na íntegra:

“O Hospital Santa Mónica Ltda – HSM, tradicionalmente reconhecido como Unidade de Terapia Psiquiátrica na cidade de Petrópolis, vem esclarecer e informar a população a respeito de fatos ocorridos recentemente.

Parte da Unidade Hospitalar, há algum tempo, vêm sofrendo diversas reformas em alas específicas de sua sede com o intuito de modernizá-la e transformá-la em um Hospital de Clínica Médica, Cuidados Prolongados além do já existente serviço de Psiquiatria, que auxiliará e aumentará significativamente o número de leitos disponíveis ao Sistema Único de Saúde da cidade de Petrópolis, procedimento este já iniciado e em curso nas diversas esferas administrativas nos âmbitos municipal, estadual e federal.

Em março de 2021, tendo encerrado o preparo de uma ala inteira, restando pequenas adequações, diante do número excessivo de pacientes intermediários portadores da COVID-19, o Municipio de Petrópolis requisitou administrativamente a Unidade Hospitalar, bem como seus equipamentos, instalações e recursos humanos, com o evidente e claro intuito de salvar vidas. E isso foi feito!

Os pacientes foram direcionados ao Hospital Santa Mônica a partir do dia 23 de março de 2021 e até o último dia em que lá permaneceram, isto é, 23 de maio de 2021, e esclareça-se que de lá foram retirados em virtude dos positivos resultados trazidos pelo início de vacinação e conscientização da população, que reduziram momentaneamente a demanda, o empenho da equipe do Hospital produziu números que devem ser publicados, a saber:

Internações no período: 229
Redirecionamento para outras unidades de Clínica Médica: 19
Retorno a UTI: 19
Óbitos: 03
Altas médicas: 189

O Hospital Santa Mônica, como dito, ainda necessitava de pequenas adequações às exigências das autoridades responsáveis, o que já foi alcançado em quase a sua totalidade nesses dois meses que, para salvar vidas de pacientes petropolitanos, foi necessário funcionar em meio às obras solicitadas e devidamente permitidas por um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com a Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro. Evidentemente que todas as medidas necessárias foram tomadas para que não existisse qualquer risco sanitário aos pacientes e aos profissionais de todas as áreas que prestaram seus serviços e salvaram diretamente 189 vidas.

Prestados esses esclarecimentos, espera o Hospital Santa Mônica que a população petropolitana, bem informada e consciente da realidade, possa enfrentar a Pandemia de COVID-19 de forma mais eficaz, contando com a ajuda de nossa Instituição e dos eficientes e dedicados profissionais que colaboram e lutam diariamente para salvar vidas.

Vale ressaltar que tal medida administrativa da Prefeitura Municipal de Petrópolis, em meio a Pandemia, veio com principal objetivo de salvar vidas como determina nossa Constituição Federal, além da geração mais de 40 empregos diretos e indiretos de profissionais ligados ao Sistema de Saúde. Continuamos assim com o nosso propósito de em um curto espaço de tempo, disponibilizar a nossa querida Cidade Imperial, mais esta rejuvenecida (sic) Unidade Hospitalar”.