Ícone do jiu-jitsu no Brasil, Crézio Chaves ganha documentário

Aos 88 anos, o Grão Mestre ainda treina em sua academia em Petrópolis

15/10/2022 11:06
Por Redação/Tribuna de Petrópolis

Um dos maiores nomes do jiu-jitsu do Brasil, o Grão Mestre Crézio Chaves, está sendo celebrado em um documentário sobre sua vida dedicada ao esporte. Aos 88 anos, Crézio ainda treina e ensina defesa pessoal em sua academia em Petrópolis, cidade que escolheu para fincar raízes e dar sequência a sua dedicação ao esporte. O filme “Além da faixa vermelha – o símbolo de uma grande jornada”, uma iniciativa da Vouk Quimonos, tem o patrocínio da Kastel Hoteis e está disponível no YouTube, após ter sido lançado em evento presencial dia 08, no Centro de Cultura Raul de Leoni.

Hoje, no Brasil, existem apenas 16 Grãos Mestres, lutadores que alcançam um grau de excelência que ultrapassa a faixa preta. Para estes mestres, a cor vermelha os identifica em sua suprema habilidade.

“A ideia do filme foi da minha esposa, Nathália Palácio. Crézio é um ícone nas lutas marciais, porém, mais do que isso: um exemplo de vida. No documentário está registrada a sua trajetória, desde a infância pobre, passando pelo trabalho no circo, até a sua identificação com a luta e suas vitórias em inúmeros campeonatos até a presença em programas de tevê que disseminaram as artes marciais”, afirma Gabriel Teixeira, sócio da Vouk Quimonos.

Crézio Chaves começou a treinar jiu-jitsu no final dos anos 1940, quando iniciou sua formação com a família Gracie convivendo com seus mestres por 12 anos. Ele fez parte do time de frente da família Gracie junto de nomes com Carlson Gracie, João Alberto Barreto e Hélio Vigio. Em sua estreia no Vale Tudo (antiga forma de MMA), aos 17 anos, ele derrotou seu oponente em apenas 57 segundos do primeiro round. Aos 22 anos, Crézio Chaves se formou como instrutor, grau dado pelas mãos de Carlos e Hélio Gracie.

Crézio participou, ao lado da família Gracie, de vários programas de tevê nas décadas de 60 e 70 que davam visibilidade às lutas.  Ao se mudar para Petrópolis, em 1959, ele abriu a primeira academia de jiu-jitsu da região onde treinou e formou milhares de pessoas. Crézio Chaves se aposentou da luta como competidor, mas não como treinador, uma área onde ele prosperou por muitos anos, ainda treinando bem aos seus 88 anos.

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