Ideb por escolas: Escola Municipal Germano Valente fica mais de três pontos abaixo da meta

22/ago 08:32
Por Wellington Daniel

A Escola Municipal Germano Valente, no Morin, ficou mais de três pontos abaixo da meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A unidade de ensino teve nota de 3,3 no índice, enquanto o esperado era de 6,5. Com isso, ficou na última colocação dentre as 41 escolas de Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) avaliadas, tecnicamente empatada com a Escola Municipal Rosemira de Oliveira Cavalcanti, no Itamarati.

O Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, na semana passada, os resultados do Ideb, que é composto por dois indicadores, o fluxo escolar (a partir da taxa de aprovação) e as médias dos estudantes nas provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Na média geral, Petrópolis não conseguiu atingir a meta estipulada.

Os dados do Ideb ainda mostram que a nota da Germano Valente na prova do Saeb foi de 4,89. O que pesou para o resultado negativo foi o indicador de rendimento da taxa de aprovação, de apenas 0,69.

Já na Escola Rosemira de Oliveira Cavalcanti, a nota média padronizada foi de 4,20 no Saeb. Já a taxa de aprovação foi de 0,78.

Na outra ponta da lista, está a Escola Municipal Bataillard, na Mosela, com o melhor desempenho dentre as 41 escolas de Ensino Fundamental II. O Ideb da unidade de ensino foi de 6,0, superando a meta em um ponto. No Saeb, a média dos alunos foi de 6,18, enquanto a taxa de aprovação fechou em 0,97.

A escola da Mosela também possui um histórico de notas no Ideb acima da meta e conseguiu recuperar os resultados da pandemia (2021). Na ocasião, o Ideb tinha sido de apenas 3,4, devido aos impactos da emergência sanitária.

As cinco maiores notas do Ideb – Ensino Fundamental II:

E M BATAILLARD6,0
ESCOLA MUNICIPALIZADA SANTA TEREZINHA5,8
ESCOLA MUNICIPAL DR PAULA BUARQUE5,6
ESCOLA SAO JUDAS TADEU5,5
ESCOLA PAROQUIAL DO LOTEAMENTO SAMAMBAIA5,4
Fonte: Inep

Anos iniciais

Dentre as 73 escolas de Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) avaliadas no Ideb, a pior colocada foi a Escola Municipal Magdalena Tagliaferro, em Corrêas, com índice de 4,1. A meta era de 6,0. No Saeb, a média ficou em 4,63 e a taxa de aprovação foi de 0,89.

A mais bem colocada no ranking foi a Escola Santa Luiza de Marillac, no Centro, que terminou com Ideb de 7,4, dentro da meta. A média das notas do Saeb foi de 7,53, enquanto a taxa de aprovação ficou em 0,98.

As cinco maiores notas do Ideb – Ensino Fundamental I:

ESCOLA STA LUIZA DE MARILLAC7,4
ESCOLA MUNICIPAL GENERAL HEITOR BORGES6,9
ESCOLA SAO JUDAS TADEU6,8
ESCOLA SANTO ANTONIO6,8
ESCOLA PAROQUIAL DA ALCOBACA6,7
Fonte: Inep

Ensino médio

No Ensino Médio, o Liceu Municipal Prefeito Cordolino Ambrósio, no Centro, teve o maior Ideb, com 5,0 e foi o melhor resultado dentre as sete escolas avaliadas. No Saeb, a nota média foi de 5,46 e a taxa de aprovação fechou em 0,96. A meta para a unidade de ensino não foi especificada pelo MEC.

Na outra ponta, ficou o Ciep Cecília Meireles, em Corrêas, com Ideb de apenas 3,1, enquanto a meta era de 3,8. O Saeb teve média de 4,28, enquanto a taxa de aprovação foi de 0,73.

As cinco maiores notas do Ideb – Ensino Médio:

LICEU MUN PREFEITO CORDOLINO AMBROSIO5,1
CE PRINCESA ISABEL4,0
CIEP 472 CANDIDO PORTINARI4,0
CE RUI BARBOSA3,9
CE DE ARARAS3,9
Fonte: Inep

O que dizem os governos

A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) reiterou o posicionamento em relação ao resultado geral e disse que adota uma série de medidas que vão refletir positivamente no Ideb, como a recomposição da aprendizagem e a ampliação da oferta de ensino integral, com 80 mil vagas em 400 escolas. A pasta ainda destacou o trabalho para reduzir o déficit de professores, com a nomeação de 2,5 mil docentes de concursos de 2013 e 2014, além da contratação de 4 mil temporários.

“A secretaria ressalta que o resultado do Ideb 2023 é um problema nacional, agravado pela pandemia de covid-19. O Rio de Janeiro, por exemplo, foi o último estado a retomar as aulas presenciais. Além disso, o Governo do Rio herdou um déficit histórico de aprendizagem, e também recebe alunos do Ensino Fundamental com defasagem de ensino, impactado pela aprovação automática dos estudantes, conforme determinado pelo MEC em 2021 e 2022”, afirma a nota.

A Tribuna também procurou a Prefeitura de Petrópolis, que não respondeu até a última atualização.

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