Identificado grupo que abordou crianças na Estrada Mineira: homens citam ‘brincadeira’

29/10/2019 11:35

Policiais Civis da 105ª Delegacia Policial, no Retiro, identificaram três homens, de 38, 29 e 27 anos, responsáveis pela suposta tentativa de sequestro de quatro crianças na noite de 22 de outubro, em Corrêas. A história ganhou repercussão depois que a mãe de dois dos meninos, de oito e dez anos de idade, divulgou um áudio através de aplicativo de mensagem, ao ouvir o relato dos filhos, que retornavam de um clube na localidade, assustados, afirmando terem sido abordados por uma pessoa que havia saído de um carro branco. Convidados a prestar esclarecimentos na delegacia, os três homens informaram que tudo não passou de uma brincadeira. Enquanto retornavam da igreja, acreditaram que uma das crianças era o filho de um vizinho e resolveram dar um susto nele.

A polícia conseguiu chegar aos suspeitos através das imagens de câmeras de segurança cedidas por empresários e comerciantes locais. Através delas, foi possível identificar a marca e o modelo do veículo, entre outras informações. De acordo com a Polícia Civil, as imagens comprovam que as crianças caminhavam sozinhas no local do incidente às 21h36 do dia 22 de outubro quando um carro para, um homem sai por uma das portas traseiras e gesticula com os braços abertos, até que as crianças saem correndo. Por fim, o rapaz retorna ao veículo, que segue na mesma direção percorrida pelas crianças, sem parar novamente. Para a polícia, é evidente “a imagem tosca de um adulto tentando assustar quatro crianças”.

Em nota, a polícia destaca que, apesar da boa intenção da mãe, assustada, ao alertar as pessoas sobre um possível risco de sequestro de crianças no bairro, a recomendação é de que casos como esse sejam primeiramente informados à Polícia Civil, o mais rápido possível. O acionamento das autoridades dá início a um processo ivestigativo realizado por profissionais experientes e com recursos. “Qualquer outro percurso semeia o caos, sem permitir que o fato seja objeto de apuração e os supostos criminosos identificados e eventualmente presos”.

“As informações sobre fatos criminosos e antissociais, desaparecimentos e outros de repercussão policial são concentrados em um banco de dados movimentado e abastecido ininterruptamente pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro”, acrescentou a nota. “Ao primeiro alerta, essa base é verificada para possibilitar coletar e importar informações. Desde o momento do registro, é possivel acompanhar a notícia de um desaparecimento ou um suposto sequestro em qualquer parte do estado. Os órgãos de inteligencia das diferentes forças de seguranca estão em constante diálogo e conseguem, em intervalos curtos, estabelecer e separar premissas, fatos e inverdades. Quanto maior a rede e quanto mais informações, mais célere e eficiente o trabalho investigativo”. 

A Polícia Civil também incentiva as pessoas a adicionarem os números de telefone das delegacias em suas listas de contato, a procurarem as unidades policiais para levar notícias e obter respostas. “Quanto mais rápido a polícia iniciar a apuração de uma notícia, mais chances de que as evidências não se percam, responsáveis não fujam, desaparecidos sejam localizados e informações falsas ou mal interpretadas sejam esclarecidas”, informou.

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