Idosos são ameaçados por manter gatos em Itaipava

O abandono de animais de estimação muitas vezes leva os amantes dos bichinhos a tomarem decisões de adoção que no decorrer do tempo se tornam um grande problema.Esse é o caso de um casal de caseiros em Itaipava, que pegou duas gatas para cuidar e hoje somam 35 gatos e 4 cachorros, a maioria deles filhotes e alguns outros também foram abandonados na rua. A situação que tem incomodado a vizinhança virou caso de polícia no fim da última semana,quando o casal começou a ser ameaçado por meio deligações telefônicas. Diante do fato, um Boletim de Ocorrências foi feito na 106ª Delegacia de Polícia de Itaipava.Dona Maria Guilhermina Ramos contou que um homem identificado como Rogério dissena ligação que levaria os gatos para a casa de uma mulher em Areal e que lá eles seriam comida de um restaurante. “Nosábado ele voltou a telefonar.Ele vem aqui na rua em uma Kombi e diz que vai levar todos os gatos para o abatedouro.Esse foi o motivo de registrara ocorrência. Tenho medo que façam alguma maldade contra os bichinhos e também contra nós aqui”, afirma.Dona Maria tem 85 anos, é caseira há 58 e aposentada. Ela tem uma despesa mensal de ração que chega a R$ 500 por mês e para tratar da alimentação alguns vizinhos ajudam com doações de comida. Mas os gastos não se limitam a isso e como a família não tem condições para tratar de todos,dona Maria procurou por ajuda.“Queria ajuda para operaras gatas e alguém para cuidar dos mais velhos. Procurei pela Rosana Portugal e expliquei a ela minha situação, mas infelizmente a ONG está cheia e ela me disse que não tem lugar para eles. Eu disse até que ficaria com os que estão doentes, mas ainda assim não consegui. Ela vai me ajudar na castração de duas gatas,mas não posso castrar todas elas porque cada operação fica em R$ 165”, fala.Muitos dos gatos estão doentes ou chegaram lá maltratados e por carinho aos animais ela cuida dos bichinhos como se fossem dela. Com isso, hoje dona Maria tem uma dívida de R$ 3 mil em uma clínica veterinária de Corrêas. “Vou quitando a dívida todo mês, mas preciso que alguém fique com alguns e cuide deles, porque já não podemos mais”, termina.