IHP em cena

01/04/2020 12:00

TELEFONIA EM PETRÓPOLIS – parte 4

Apontamentos de Paulo Roberto Martins de Oliveira

A coluna do IHP prossegue com a pesquisa realizada por nosso saudoso associado Paulo Roberto Martins Oliveira, sobre o tema central:

A IMPORTÂNCIA DA CIDADE DE PETRÓPOLIS NO DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E TAMBÉM DO PAÍS – A história do telefone em Petrópolis.

Com Paulo Roberto Martins Oliveira, nosso saudoso amigo historiador, chegamos a um tema interessantíssimo que vem provar a importância do serviço de telefonia em Petrópolis e seu prestígio junto aos serviços nacional e internacional. E tudo aliado ao profissionalismo das equipes da Cia. Telefônica, sob competência reconhecida.  O registro está na matéria publicada na revista interna da Telefônica, “Sino Azul”, edição de outubro de 1947, páginas 1 e 2.

No ano de 1947 um grande evento continental americano é aprovado por todos os países do novo continente para discutir os efeitos da 2ª guerra mundial na geopolítica do continente americano, sob o propósito de manutenção da paz, harmonia e cooperação entre todos sob participação efetiva nos destinos políticos do planeta.

Realiza-se a “Conferência Interamericana de Manutenção da Paz e Segurança”, nos dias 15 de agosto até 2 de setembro de 1947 no Hotel Quitandinha, em Petrópolis. Uma honra!  Um compromisso!

À Cia. Telefônica Brasileira é atribuída a responsabilidade de um trabalho de extremo vulto e importância responsabilizando-se pelas comunicações locais, interurbanas e de radiação do evento para o mundo. E toda a equipe de Petrópolis alia-se à do Distrito Federal para cumprir o objetivo, o que realiza com competência, dotando o Hotel Quitandinha, durante o período da Conferência, do mais moderno e sofisticado serviço telefônico instalado e funcionando no Mundo.

Assinala a revista “Sino Azul”, citada: “O Ministério das Relações Exteriores, a Embaixada Americana e todas as Empresas de Comunicações que estiveram representadas em Quitandinha foram unânimes em realçar a valiosa colaboração da Cia. Telefônica Brasileira considerando eficientíssimo o serviço telefônico que lhes foi prestado”.

Funcionários e dirigentes da CTB estiveram em todos os dias comandando as ações do serviço, com elogios e citações especiais para Alberto Mussel, O. Franco, Waldyr Brandão, A. S. Vieira, Arhur Fernandes, Manoel Walter Bechtluft, Adalberto Nicolay, Guilherme Mescle, José Tavares,  Octavio Christie, A. Avila Leal, que era o Superintendente do Tráfego e dirigiu toda a equipe e, em atenção permanente junto às 30 telefonistas e 5 intérpretes que falavam quatro idiomas, a Chefe do Distrito de Tráfego de Petrópolis, a senhora Rosa Libonatti Cruz, responsável pelo serviço em Petrópolis, grande dama da sociedade local, escritora, jornalista, da qual nos ocuparemos em uma próxima coluna.

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