In Memoriam de Dom Pedro Gastão e Dona Esperanza – Parte II

Em minhas incursões pelas searas das artes plásticas nas décadas de 70 a 90 realizei exposições de pintura individuais e coletivas incluindo farta participação nos Salões Júlio Köeler, Batista da Costa, Monet, da Primavera e etc. Em diversas delas pude contar com presenças ilustres como as do nosso Príncipe Dom Pedro de Orleans e Bragança, de Prefeitos do Município de Petrópolis, Autoridades do Judiciário, enfim, da Sociedade em seus diversos segmentos. Concomitantemente produzi trabalhos literários voltados às obras sociais da Cidade e pude mais uma vez desfrutei da generosidade da presença de Sua Alteza Imperial e Real em várias oportunidades. Em momentos outros recebi os belos cartões assinados de próprio punho pelo Casal Imperial Dona Esperanza e Príncipe Dom Pedro de Orleans e Bragança, sobretudo ao ensejo do Natal e Ano Novo, sem contar os de agradecimento por convites e ofícios que à S.A. eram remetidos e aos quais sempre teve a delicadeza de respondê-los. Guardo-os em meu relicário e no coração. Ao ascender em 1994 à Presidência da Academia Petropolitana de Letras, quis os céus que em minha gestão que S.A.I.R. Dom Pedro de Orleans e Bragança fosse entronizado à Ínclita Arcádia  Cultural como Membro Honorário enriquecendo mais ainda com Sua filigrana cultural aos Quadros da quase centenária Instituição que congrega consagrados vates literários que a  ornam. Frise-se que S.A.I.R. estudou na Sorbone – em Paris – onde nasceu e em diversos colégios europeus, sendo detentor de vasto curriculum vitae. De todas as lembranças que guardo na memória e no mais profundo de meu íntimo são as doces presenças do tão querido e Ilustre Casal Real às missas celebradas em nossa Catedral e não faziam questão de honrarias, nem distinções, nem assentos nos setores que existiam á época, qual uma frisa especial, bem na lateral do altar, próxima à Cátedra Episcopal, que desde criança eu via quando à Catedral visitava, mas sim, tomavam assento nos bancos junto aos fiéis, sem qualquer exigência protocolar. Verdadeiros Cristãos, na simplicidade franciscana pontificada pelo Patrono e Confessor da Família Imperial, São Pedro de Alcântara, modelo de vida, de retidão e virtudes, constituindo-se o Primeiro Padroeiro do Brasil. A área em que foi erguida nossa Catedral foi doação da Princesa Isabel. Ali descansam os restos mortais dos bisavós e Avós de Dom Pedro Gastão de Orleans e Bragança, quais sejam, Dom Pedro II, Dona Thereza Cristina, Princesa Isabel e de Conde D’Eu em artístico mausoléus. Oportunamente será o recôndito eterno em solo Pátrio do Augusto Casal Dom Pedro e Dona Esperanza, junto à Imperial Família.