Inauguração de restaurante em casa da Ipiranga ainda é alvo de polêmica

20/06/2016 10:00

O casarão da Avenida Ipiranga, nº 520, continua sendo alvo de divergências. De um lado o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) exige adequações do projeto que alterou o que havia sido aprovado inicialmente. Do outro, a arquiteta Sofia Watkins defende que o escritório técnico está sem responsável e, com isso, os projetos entregues ao Instituto podem demorar para serem aprovados. De acordo com informações da Superintendência do Iphan, no Rio, a atual chefe do escritório, Candice Ballester, será transferida para a unidade de Brasília, para atuar em um projeto em que é especialista.

A superintendência garante que, quando isso acontecer, outro responsável assumirá a Região Serrana e que, apesar das mudanças, o Instituto continuará em pleno funcionamento no município e os projetos podem ser aprovados também pelo Rio. O assunto voltou à tona, depois que o imóvel passou a abrigar um restaurante, inaugurado na última quinta-feira.

A inauguração aconteceu mesmo antes de passar pelas modificações impostas pelo Iphan. Uma das exigências é a recuperação do jardim frontal, que foi concretado. A outra é com relação à obra da pousada, que fica acima do imóvel e está embargada desde o ano passado. A casa está localizada em uma área de tombamento e o Instituto alega que foi feito em desconformidade com o que havia sido proposto.

Chico Cereto, da assessoria de imprensa do Iphan-RJ, destacou que as intervenções feitas no casarão são graves. Sobre o jardim, alertou que só pode funcionar com estacionamento nas laterais, caso contrário, poderá ser embargado também. “O fato de terem concretado é um crime contra o patrimônio”. Além disso, afirma que houve supressão da Mata Atlântica na parte superior, assunto que já foi rebatido pela arquiteta que alegou que houve corte apenas de um bambuzal e de uma quaresma (com licença da Secretaria Municipal de Meio Ambiente). 

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