Infecções por variante britânica da covid-19 chegam a 10% do total na Flórida
Uma variante britânica altamente transmissível da covid-19 está se espalhando rapidamente pela Flórida, correspondendo a 10% das infecções no Estado norte-americano, de acordo com a Helix, empresa de genômica que pesquisa a mutação. No mês passado, a variante havia sido encontrada em 1% a 2% das amostras coletadas na região. “Estamos vendo um crescimento acelerado muito semelhante em termos de trajetória na Califórnia”, disse o co-fundador e presidente da companhia, James Lu, acrescentando que no outro extremo do País a variante chegou a quase 2% das infecções.
O representante da Helix disse, ainda, que, analisando o comportamento da doença, é possível que a mutação britânica seja o principal tipo do vírus a circular na Flórida e na Califórnia em algumas semanas. No resto do país, o vírus tende a assumir o protagonismo em alguns meses. O primeiro caso da variante do Reino Unido na Flórida foi encontrado em 31 de dezembro, em um homem no condado de Marin que não tinha histórico de viagens. Um dia antes, a variante foi encontrada na Califórnia.
A preocupação das autoridades de saúde pública estadual e nacional é de que as variantes, além de mais contagiosas, possam ser mais mortais também. Até o momento, os primeiros estudos ainda não foram conclusivos. Outro ponto de atenção é que as vacinas atuais podem ser menos eficazes contra esses tipos do vírus.
No Arizona, o número de mortos pela pandemia do coronavírus superou a marca de 14 mil neste sábado, com o registro de novos 63 óbitos ante a sexta-feira. De acordo com a Secretaria de Serviços de Saúde do Estado, o total de vítimas soma 14.011. Já o número de casos na comparação com a véspera subiu 3.471 neste sábado.
Apesar do alerta continuar, o país vem observando uma redução no número de hospitalizações e de mortes. Isso levou o presidente Joe Biden a afirmar que alunos mais jovens retornarão às escolas na primavera (do Hemisfério Norte). De acordo com especialistas da área de saúde, o país precisa redirecionar os testes de coronavírus para exames caseiros rápidos, já que são mais baratos e podem aumentar as chances de identificação de pessoas doentes nos primeiros dias da infecção. Eles lembram que algumas universidades e sistemas escolares já têm usado testes rápidos para permanecerem abertos durante a pandemia.
Nesse sentido, Biden está usando a Lei de Produção de Defesa para aumentar os suprimentos necessários para testes rápidos. Na sexta-feira, a Casa Branca anunciou que seis fabricantes produzirão os testes em massa, com a meta de fornecer 60 milhões até o final do verão (do Hemisfério Norte).