Início das aulas no campus Petrópolis da Uerj é adiado, agora para mudança

17/04/2017 09:50

As aulas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) em Petrópolis foram adiadas mais uma vez. A nova data de retorno dos alunos à unidade está prevista para o próximo dia 24. O atraso, segundo o coordenador regional, Freddy Van Camp, está relacionado à mudança da instituição para a nova sede, um imóvel localizado na Avenida Ipiranga, que terá aluguel mensal de R$ 18 mil custeado pela Prefeitura. Móveis, livros e outros itens ainda não foram levados para o novo endereço.

Atualmente, a faculdade conta com 36 alunos. Mas esse número pode aumentar diante da renovação de matrícula prevista para ocorrer juntamente com o reinício das aulas. Diante disso, carteiras e outros suportes didáticos foram solicitados pela universidade à Prefeitura de Petrópolis. Mas, segundo o coordenador da unidade o pedido ainda está sendo avaliado pela Secretaria de Educação.

Em outras unidades da Uerj, no estado, as aulas foram retomadas no último dia 10.


Entenda o caso 

O campus da UERJ em Petrópolis abriu em 2016, na Casa do Barão do Rio Branco, que é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). O prédio principal do espaço, segundo laudo de empresa contratada pela própria universidade, apresenta problemas estruturais. A Defesa Civil já vistoriou o local, a pedido do Ministério Público e da 4ª Vara Cível de Petrópolis, e também constatou riscos. Apesar disso, a universidade manteve as aulas em um prédio anexo.

No fim do ano passado, o juiz Jorge Martins, da 4ª Vara Cível, determinou a transferência do campus para outro endereço e a realização de obras na Casa do Barão do Rio Branco. Na época, o município apresentou como opção a utilização da Casa Visconde de Mauá, próxima do atual campus. A Uerj também citou outro imóvel do município – o prédio onde funciona atualmente a Secretária de Educação, no Centro de Capacitação Frei Memória, na Rua da Imperatriz, nº 193. Logo depois, no entanto, a universidade conseguiu suspender os efeitos da sentença, acabando com a obrigatoriedade (ao menos judicial) de fechar seu campus.


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