Inocentes Pecados
Incrível, fantástico, extraordinário! Quem ainda lembra do assustador programa de Almirante, pelas ondas de Rádio Nacional? Eram radiofonizadas histórias de terror, suspense, mistério, que assustavam – sim, assustavam – os radiouvintes todas as sextas-feiras. Papais e mamães ouviam e pensavam que as crianças estavam nos quartos dormindo, porque proibiam os menores deste contato com o terror. Porém, ouvidos de crianças são poderosos e todas ficavam por detrás de portas e abaixo de janelas para tremerem de susto e sob muita emoção.
A vida bordou de outros horrores a existência de cada uma daquelas crianças, puras e ingênuas, que vieram pelo tempo acumulando outros sustos e terrores capazes de levantar zumbis da estratosfera.
Hoje, o horror está estampado nas ações de certas criaturas humanas que esqueceram os bons ensinamentos e as santas ações maternas e paternas de salvaguarda contra os perigos sociais, estando as gerações de hoje sob o pavor da inconsequência, do non-sense, da absoluta falta de escrúpulos. Aquele terror dos programas de rádio e dos filmes de cinema de monstros, complementavam as crueldades contidas nos contos de fadas que encantavam as criancinhas que sabiam ler, apreciavam livros, amavam as descobertas das opções da vida de forma paulatina e em tempo certo de apreensão dos conteúdos.
Arroubos infantis pequenos e próprios eram enquadrados nos sete pecados capitais, aterrorizantes freios para os excessos, principalmente o pecado da mentira. Naqueles mágicos dias, comer tangerina verde, no pé, cortar besourinhos e minhocas pela metade, jurando de pés juntos não haverem praticado tais “delitos” eram inomináveis pecados punidos com a severidade bondosa dos corações maternos e a falsa carranca resmungada pelos pais sem tirar o jornal da frente do nariz. E nos domingos era aquela romaria diante do confessionário enchendo os ouvidos dos padres com a revelação de “crimes horrendos”. E diante e após a comunhão choviam beliscões agitando a garotada, sobrando para alguns santos cascudos.
Nossas mentirinhas de criança foram substituídas por graves pecados ditados pela falta de caráter da grande parcela de políticos que nos representam nos moldes democráticos, mas que nada têm a ver com as crianças que guardamos em nossas doces lembranças, aterrorizadas pela “cara-de-pau” que campeia em todo o mundo.
Imensa é a vergonha que experimentamos diante das diatribes da classe política do mal. O bem que recebemos e tivemos, na inocência de nossa infância colorida de ingenuidade quanto de respeito aos semelhantes, esboroa-se na vilania que atualmente preside a vida política nacional. E põe a empresarial junto e toda a população do tipo assistencialista, que nada faz, nada realiza, na espera da migalha financeira que impede a luta justa e santa pela sobrevivência social.
E ainda tentaram impor na última eleição nacional, tipos desprezíveis de idiotas que, em funções anteriores, iniciaram a degradação de nossa juventude, em tentativas de implantar no país a esquerda mundial que tem promovido os mais horrendos genocídios de toda a História da Humanidade.
E, pior, nenhum aporte ideológico sereno e justo, apenas o exercício do saque na desenfreada ambição pelo poder no seu mais vil e desumano exercício.
A maioria dos eleitores resolveu por nova opção. Que se torne válida, atualizada, moderna, acordante com a esperança em boa hora sufragada.