Internação infantil cresce 58% em uma semana nos EUA

31/12/2021 07:01
Por Estadão

Em poucas semanas, a variante Ômicron provocou um salto nas hospitalizações entre crianças nos EUA. A média de internações aumentou 58% na comparação com a semana anterior, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Em média, foram 334 internações entre os dias 21 e 27 de dezembro em todo o país. A variação é maior do que a média de todas as faixas etárias juntas, que ficou em 19%. O aumento ocorre no momento em que os EUA registram recordes de novos casos. Na quarta-feira, foram 488 mil novas infecções, maior número até então. Cientistas esperam que os casos de Ômicron aumentem ainda mais rápido, já que as escolas reabrem na próxima semana, após o feriado de inverno.

Os médicos dizem que é muito cedo para determinar se a Ômicron é responsável por casos mais graves em crianças do que outras cepas do coronavírus, mas que sua transmissibilidade extremamente alta é um fator-chave para o aumento das hospitalizações, principalmente porque os menores de 18 anos são o público com menor taxa de imunização. Menos de 25% dos 74 milhões de americanos com menos de 18 anos estão vacinados, de acordo com o CDC.

CANCELAMENTO

“A Ômicron vai infectar mais pessoas. Já estamos vendo o aumento das hospitalizações em crianças”, disse Jennifer Nayak, especialista em doenças infecciosas e pediatra da Universidade de Rochester. “Crianças menores de 5 anos não foram vacinadas. Então, ainda há uma população relativamente grande de crianças suscetíveis e sem imunidade.”

Ontem, em razão da crise causada pela nova onda nos EUA, as companhias aéreas americanas cancelaram mais de mil voos em todo o país – boa parte em razão de funcionários que testaram positivo. Os problemas no setor aéreo se juntam à previsão de tempestades de inverno, que ameaçam atrapalhar ainda mais as viagens no fim de semana de ano-novo.

“Como muitas empresas e organizações, registramos um aumento no número de casos de Ômicron entre nossos funcionários”, disse a JetBlue, que cancelou 175 voos, cerca de 17% de sua programação. A United também citou a falta de funcionários relacionada ao contágio pela nova variante. A companhia suspendeu 192 voos, aproximadamente 8% de sua operação. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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