Inverno tem início nesta terça com baixas temperaturas e turistas movimentando a economia em Petrópolis

21/06/2022 12:39
Por Redação/Tribuna de Petrópolis

A alta temporada de turismo em Petrópolis chegou oficialmente às 6h14 desta terça-feira (21) quando teve início o inverno, com um dia de sol, mas de frio, com termômetros marcando mínima de 12°C. Porém, este ano ela foi aberta antecipadamente e de forma espontânea ainda no final de maio com queda acentuada das temperaturas e o arrefecimento da pandemia que estimularam o setor.

O Petrópolis Convention & Visitors Bureau comemora a previsão – com base em projeção de dados do IBGE – que o setor vai restabelecer até setembro o nível de receitas anteriores ao cenário de Covid-19.

A ocupação hoteleira vem registrando 80% nos finais de semana desde abril, quando a cidade recebeu grandes eventos esportivos e culturais e se manteve no patamar em maio com o frio se instalando na serra ainda no outono e a cidade mantendo um forte calendário de eventos.  

O setor de hotelaria, de maio a julho, pode somar a hospedagem de mais de 60 mil pessoas, o que representa a injeção de R$ 54 milhões na economia da cidade. Com gastronomia e compras, atividades também impulsionadas pelo turismo, o faturamento sobe para R$ 150 milhões no período. Isso representa quase 20% da arrecadação do setor ao longo de 12 meses.

No total, o turismo em Petrópolis representa 6% do PIB anual do município, ou seja, mais de R$ 760 milhões ao ano.

“Temos hoje oito mil empregos diretos, número que chega a mais de 30 mil se for considerado o comércio. É uma responsabilidade grande para o setor evoluir depois de dois anos de turismo em baixa. A cidade, no entanto, por conta do esforço do empresariado, manteve a atividade investindo em distanciamento e cuidados sanitários”, aponta o presidente do Petrópolis Convention, Fabiano Barros que lembra ainda que, mesmo diante do cenário desfavorável, o município foi destaque: “Petrópolis, com medidas restritivas, protocolo de ações e adaptação dos setores que compõem o trade foi considerada sanitariamente segura. A proximidade de Rio e Minas, em viagens que não necessitavam de transporte coletivo, também deixou o setor operante. E agora o que todos queremos é crescer, aprimorar e alavancar o setor”, completa.

Petrópolis reorganizou seu calendário de eventos com sua Oktoberfest antecipada para junho, por exemplo, e mantendo atrações como o Festival de Fondue, organizado pelo Petrópolis Convention para a alta temporada de inverno (50 restaurantes com pratos e preços especiais de 1º a 31 de julho), além de ter reaberto pontos turísticos de forma plena, retornando com passeios, esportes radicais e outras atrações como o tradicional montanhismo.

“Este somatório, com cada setor, com cada parceiro, com cada peça importante nesta engrenagem, manteve a cidade muito acesa, muito efervescente e isso tem se mostrado um caminho que queremos trilhar para sempre, porque traz emprego e desenvolvimento para a cidade”, considera Fabiano Barros.

Pesquisas mostram crescimento no setor e índices pré-pandemia

No primeiro trimestre, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, a alta no faturamento do setor foi de 25%, em comparação com o mesmo período de 2021. A estimativa é que o segmento cresça 60% até o final do ano, passando de R$ 15 bilhões de receita no país, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

As estimativas vão ao encontro da Pesquisa Mensal de Serviços, realizada pelo IBGE. No último levantamento, do dia 12, houve aumento no Índice de Atividades Turísticas de 75,6% em março no país, na comparação com o mesmo mês de 2021.

O IBGE pesquisou 12 estados e todos registraram crescimento de turismo em abril, em comparação a março, uma média de 2,5% no país.  Nas melhores colocações estão o Rio de Janeiro, com alta de 4,8%, seguido por Minas Gerais (4,6%), Bahia (6,8%) e Paraná (7,4%). Essa é a segunda alta, porque o setor já havia subido 8% em março. Apesar das duas expansões, a atividade turística ainda está 3,4% abaixo do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Mas é esse número que as previsões estimam ser superadas até setembro.

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