IPC-S arrefece a 0,49% em janeiro, após 0,57% em dezembro, afirma FGV

01/02/2022 09:00
Por Marianna Gualter / Estadão

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,49% no fechamento de janeiro, após variação de 0,57% em dezembro e de 0,44% na terceira quadrissemana do mês. A informação foi divulgada nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador, porém, acumulou inflação de 9,58% nos 12 meses até janeiro, maior do que o avanço de 9,34% ocorrido até dezembro.

O resultado mensal veio acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,46%. O intervalo das previsões ia de 0,41% a 0,61%.

Das oito categorias de despesas que compõem o indicador, quatro avançaram entre a terceira quadrissemana de janeiro e o fechamento do mês, com destaque para Educação, Leitura e Recreação (1,03% para 1,64%), puxada por cursos formais (4,68% para 6,47%).

Transportes (-0,08% para 0,04%), Comunicação (0,14% para 0,53%) e Despesas Diversas (0,15% para 0,20%) também registraram avanço ante a terceira quadrissemana. Nessas classes de despesa, houve participações importantes de gasolina (-1,50% para -1,12%), mensalidade para TV por assinatura (0,06% para 2,02%) e conselho e associação de classe (0,70% para 2,14%), respectivamente.

Na direção oposta, Habitação (0,26% para 0,13%), Vestuário (0,99% para 0,76%), Alimentação (1,22% para 1,15%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,06% para 0,03%) tiveram alívio na inflação. Os itens tarifa de eletricidade residencial (-0,97% para -1,76%), cintos e bolsas (0,72% para -0,09%), frutas (7,80% para 5,03%) e plano e seguro de saúde (-0,33% para -0,48%) contribuíram para a desaceleração.

Influências individuais

Os itens que mais pressionaram o IPC-S para cima no fechamento de janeiro foram os cursos de ensino fundamental (5,16% para 7,78%) e superior (4,54% para 5,67%). Condomínio residencial (1,42% para 1,38%), automóvel novo (1,20% para 1,22%) e licenciamento – IPVA (1,63% para 1,63%) completam a lista.

Já passagem aérea (-6,69% para -7,78%), tarifa de eletricidade residencial (-0,97% para -1,76%) e gasolina (-1,50% para -1,12%) tiveram as maiores influências de baixa no resultado quadrissemanal, seguidos por plano e seguro de saúde (-0,33% para -0,48%) e etanol (-2,90% para -2,20%).

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