Iphan quer reabertura de ponte em área de ETE

22/09/2017 11:50

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou ontem que a ponte fechada pela empresa Águas do Imperador, após a instalação da Estação de Tratamento de Esgoto do Rio Piabanha na Rua Paulino Afonso, no Bingen, em frente ao Hospital Santa Teresa, deve ser liberada para uso da população. Em 16 de agosto de 2010, o escritório técnico do órgão na Região Serrana aprovou o projeto de construção da ETE e também a demoli- ção da ponte de pedestres que liga as duas margens do rio – entre as Ruas Carlos Gomes e Paulino Afonso, assim como o cercamento da área, mas como até agora, 17 anos depois, isso não foi feito, as grades instaladas devem ser removidas.

Segundo informações do Iphan, no dia 4 de abril de 2016 técnicos do órgão realizaram vistoria no local e constataram que o trabalho paisagístico feito no local onde foi constru- ída a ETE não atende as necessidades de amenizar o impacto provocado pela instalação da estação de esgoto e não seguiu a representação gráfica aprovada pelo Iphan em 2010. Houve apenas a coloca- ção de vegetação esparsa “em pontos específicos  da edificação e em pontos isolados dos taludes nas duas margens da calha, que não recebeu nenhum indivíduo arbóreo nativo que pudesse amenizar o impacto da edificação na paisagem tombada”.

A calha do Rio Piabanha integra o Conjunto Urbano-Paisagístico de Petrópolis, tombado pelo Iphan, inscrito no Livro do Tombo Artístico, Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico (inscrição n° 84, processo 672-T- 62). Diante da situação, o Iphan informou que “uma vez que a ponte não foi demolida até então, as grades instaladas devem ser removidas e novo tratamento paisagístico deve ser contemplado pela empresa, a fim de compensar a ocupação das margens do Rio Piabanha e para que a ponte possa voltar a ser utilizada pelos pedestres”. 

A ação popular que resultou na vistoria feita pelo Iphan foi movida pelo ex-vereador Paulo Pires, que questionou o fechamento de uma ponte que nunca chegou a ser desafetada pela Prefeitura através de lei, procedimento jurídico que, segundo ele, seria indispensável para tornar viável a interrupção da circulação de pessoas e/ ou demolição da ponte.



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