Iphan vai notificar proprietário do novo estacionamento na Av. Ipiranga

26/07/2017 11:20

Um imóvel localizado na Avenida Ipiranga está sendo alvo de reclamações, depois que os responsáveis colocaram faixas de divulgação na fachada do imóvel e o transformaram em estacionamento. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o proprietário do imóvel será notificado a prestar esclarecimentos e a se adequar à legislação. Isso porque o material informativo causa dano visual, e não está de acordo com as dimensões previstas na Portaria 213, que trata das questões relacionadas ao entorno dos bens tombados na cidade de Petrópolis.

Além disso, segundo a chefe substituta do escritório técnico do Iphan na Região Serrana, Mailin Gornattes, o responsável pelo novo empreendimento deveria ter apresentado ao órgão projeto mostrando como será disposta a informação na fachada do imóvel e outro, com informações sobre a utilização do terreno. A partir da análise desses documentos o Iphan pode ou não aprovar o início das atividades.

No local, duas grandes faixas presas à grade, na frente do imóvel, anunciam o novo estacionamento e uma terceira traz os valores cobrados. "A Avenida Ipiranga é toda tombada pelo patrimônio histórico, logo, os imóveis também. É muito triste ver esse tipo de descaracterização em uma rua que faz parte do conjunto tombado da cidade. Ver essas casas virando estacionamentos e tantas outras situações similares em um município histórico, que vive do turismo, me assusta. Cada vez mais vemos locais tão importantes como a Avenida Ipiranga perdendo suas referências históricas. Acredito que a maior parte das pessoas, assim como eu, deseja uma cidade preservada”, disse a presidente da AMA Centro Histórico, a autônoma Myriam Born.

Segundo Mailin Gornattes, nada impede que um estacionamento funcione no local, mas a situação precisa ser regularizada. “Eles serão inicialmente notificados sobre as adequações necessárias. É preciso que seja apresentado um projeto de comunicação visual, que vai resultar na diminuição de placas na fachada da casa, para que fique de acordo com o que a Portaria 213 exige. Além disso, vamos checar se houve ou existe a intenção de modificar a parte interna do terreno, por exemplo, se o piso foi modificado ou árvores foram cortadas, entre outros”, explicou.

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