Iphan vai vistoriar obras em imóvel na Avenida Ipiranga

12/07/2018 16:36

Um imóvel que pertenceu ao dramaturgo Aguinaldo Silva, na Avenida Ipiranga, passará por vistoriado de técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O objetivo é verificar se as adequações exigidas pelo órgão, após o não cumprimento de embargos, estão sendo realizadas. No projeto inicial, onde hoje funciona um restaurante, estava prevista a instalação de um pequeno teatro e também uma pousada, mas, na época, de acordo com o Iphan, a área ocupada não foi a descrita no projeto. Também houve corte e supressão de vegetação acima da quantidade aprovada, assim como a pavimentação do jardim frontal, com piso impermeável para a construção de um estacionamento. 

A construção foi embargada em 2015. No ano seguinte, algumas questões já haviam sido adequadas, como a diminuição da área construída em mais de 120 metros quadrados. De acordo com a assessoria de comunicação do Iphan, não houve nenhuma solicitação recente em relação ao projeto de construção da pousada. A Tribuna de Petrópolis tentou localizar o atual proprietário do imóvel, mas não conseguiu contato até o fechamento desta edição. Entre as adequações exigidas pelo Iphan estão a diminuição da área construída; recomposição da vegetação e de taludes com espécies nativas da Mata Atlântica e recomendadas pelo IBAMA e APA Petrópolis e aumento da área verde e diminuição da área de telhado. A nova construção, segundo o Iphan, não poderá se sobressair ao conjunto da avenida, utilizando materiais contemporâneos leves e harmônicos, como madeira, metal e vidro (transparência deve ser a diretriz da nova edificação); recuperação do jardim frontal e utilização de piso permeável, com acomodação das vagas de estacionamento nas áreas laterais, fora do eixo visual; e apresentação do projeto de regularização. 

De acordo com o Instituto, os imóveis tombados na Avenida Ipiranga, devem seguir o mesmo conjunto de características dos demais que ficam situados na mesma rua. O IPHAN afirmou ainda que, desde o início, sempre orientou e é favorável ao empreendimento, no entanto este deve respeitar a legislação de proteção ao patrimônio cultural nacional, valorizando o espírito do lugar de importância para a memória, identidade e história do país. 

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