Jean Wyllys cospe em Bolsonaro durante votação do impeachment

17/04/2016 23:25

O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) cuspiu na cara do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a sessão de votação da admissibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. De acordo com o próprio Wyllys, ele foi insultado por Bolsonaro e respondeu com a cusparada no deputado.


“Na hora em que fui votar, esse canalha decidiu me insultar na saída e tentar agarrar meu braço. Ou foi alguém que estava perto dele. Quando ouvi o insulto, devolvi com um cuspe na cara dele, que é o que ele merece”, destacou o deputado do PSOL.

Wyllys disse não ter medo de sofrer processo por quebra de decoro parlamentar e reafirmou que cuspiria em Bolsonaro novamente. “Não temo enfrentar processo. Processo tem de enfrentar quem é machista, quem é racista, quem promove a violência, quem defende a memória de Brilhante Ustra – um torturador –, quem defende a tortura nesse país. Isso deveria escandalizar vocês, não o cuspe na cara de um canalha”, afirmou.

Bolsonaro atribui a atitude de Wyllys à referência feita por ele ao coronel Brilhante Ustra para justificar seu voto favorável ao impeachment momentos antes do episódio.

“O que falei, ele não gostou. Não falei para ele. Defendi o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, segundo Dilma Rousseff um torturador. Falei em memória dele. Falei algumas outras coisas. Quando ele saiu, tinha muita gente gritando para ele, que resolveu escolher um alvo. Deu uma cusparada em cima de mim. Estou com um cheiro horrível agora”, ironizou.

Em seu perfil no Twitter, o deputado Jean Wyllys especificou os insultos que ouviu de Bolsonaro. "Não negarei e nem me envergonharei de ter cuspido num fascista que me insultou de "veado", "queima-rosca" e "boiola".

Bolsonaro negou que a cusparada tenha atingido sua face. Disse que se abaixou e conseguiu desviar na hora. De acordo com o deputado, a maior parte do cuspe pegou no deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS), que estava atrás dele na hora. Bolsonaro não disse se pretende processar o colega no Conselho de Ética da Câmara.

Segundo ele, caso Temer assuma a Presidência, ele terá dificuldades inclusive para obter reconhecimento internacional. “O mundo, a imprensa internacional hoje publica com destaque, jornais da Inglaterra, dos Estados Unidos, da França, do mundo inteiro, alguns falam em uma gangue. Uma gangue de criminosos julgando uma mulher honesta”, disse o vice-líder. “Não haverá reconhecimento internacional

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