Jesus ressuscitou!

13/04/2022 08:00
Por Fernando Costa

Jesus Cristo, a partir de Sua morte e ressurreição redimiu a humanidade. Ele nos reconciliou com o Pai. E ninguém viverá em plenitude se não se reconciliar. Não é possível que vivamos  a concórdia se o coração estiver tomado de ódio ou vingança. Devemos nos abrir  à misericórdia, aí sim,  através dela a paz florescerá. O jejum e a esmola nos convidam à caridade.  Tempo de perdão e de revermos nossos conceitos sobre a  Justiça que há milênios, era proclamada por  Sócrates. Estou falando do ano 469 a.C. Pontificava que “justiça é dar a cada  pessoa o que é seu”. Seja feita acordes com o direito, de conformidade com a Lei, em harmonia com os princípios éticos e morais. Na era contemporânea, destaco o pensador e filósofo Piero Calamandrei ao pontificar que “Para encontrar a justiça é preciso ser-lhe fiel. Como todas as divindades, só se manifesta aos que nela creem”. E  nós e integrantes de nossas famílias, a Igreja, os governantes, os poderes constituídos, a comunidade como um todo temos enorme parcela de responsabilidade a que ela  cumpra seu papel em favor da humanidade, principal obra Divina, narrada em Gênesis. Outro ponto cardeal ao merecimento da atenção geral são as crianças com relação à educação, formação moral e religiosa, emprego, aperfeiçoamento, esportes, nada de vida ociosa que  lhes permita  descaminhos. O amadurecimento na fé e o preparo para o futuro impedirão que a tristeza tome conta dos corações e das ruas da Cidade. Se cada munícipe contribuir nos limites da família, no ambiente de trabalho, no âmbito que conviva haverá  menos violência. Não me esqueço  das palavras de minha irmã Eremita, habituada à leitura, disse-me “eduque a  criança para que não seja necessário castigar o  adulto”. Ela, a primogênita entre meus doze irmãos, buscava em Pitágoras, pensador e filósofo grego que viveu entre os anos 582-497 a.C. orientar  e nos educar. Ecoam mais que nunca atuais. A vida foi banalizada a tal ponto que, matar, para alguns, passou a ser comum. A licenciosidade tomou conta. Alguns meios de comunicação que poderiam ser utilizados para o progresso e bem estar social, dado ao avanço tecnológico, são utilizados como aprendizado à violência e à morte. Vivemos a Semana Santa.  No Domingo de Ramos recebemos o Divino Mestre aclamado com hosanas, ramos e tapetes coloridos. Dias depois, cuspido, escarrado, coroado de espinhos e levado à morte. E Ele a tudo obedeceu para redenção da humanidade. A Quaresma, que do latim significa quadragésima, anuncia o ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo comemorado na Páscoa. É tempo de oração, penitência, meditação, jejum e reflexão, para acolhida do Cristo vivo e ressuscitado. E a Campanha da Fraternidade é uma atividade de ampla evangelização e tem como objetivo  em 2022 educação, assunto bem atual para todo o povo de Deus e para a sociedade. “O tema que exige a conversão pastoral de todas as lideranças da Igreja e da sociedade, ponto importante na Quaresma, em vista do mistério pascal do Senhor.” Jesus escreveu no chão, o amor e a sabedoria.  A seu lado, a figura da mulher flagrada em adultério trazida ao Senhor Jesus pelos escribas e os fariseus (Jo 8, 1-11).  A lei a condenava,  mas, Jesus não a condenou. Pediu-lhe a conversão. “Jesus é o educador da humanidade, o pedagogo verdadeiro que leva às pessoas para a verdade, para o amor a Deus, ao próximo, como a si mesmo. Ele falava com sabedoria e ensinava com amor tanto para os discípulos como também para a multidão (Jo 1,37-38; Mc 9,5; 11,21; 14;45).” Lutemos, também,  pela ecologia, por uma sociedade mais justa, solidária e pela  promoção da criatura humana. O “Sacrosanctum Concilium”, documento do Concílio Vaticano II, refere-se ao Ano Litúrgico indicando-nos objetivos a alcançarmos, “sobretudo, a formação dos fiéis em exercícios piedosos, benéficos ao corpo e à alma, pela instrução, pelas orações, penitência e misericórdia”. A Semana  é rica em cerimônias que revivem a paixão e morte de N.S. Jesus Cristo a exemplo da missa dos Santos Óleos – a missa do Crisma, o lava-pés, a veneração ao Sagrado Lenho, a bênção do Fogo – renovação do batismo, a ressurreição de Jesus Cristo – Aleluia! A Igreja prossegue seu destino conduzindo seu povo, restabelecendo a ordem primeira do plano divino e maior aproximação com Deus sob o pálio da doce Mãe Maria Santíssima.

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