Jesus ressuscitou, Feliz Páscoa
Durante cinco semanas da Quaresma nos preparamos em orações, penitência e caridade.
Às sextas-feiras nesse período realizamos a Via Sacra na Capela do Colégio Santa Isabel e, em todas as Igrejas da Diocese estão sendo realizadas Confissões a possibilitarem aos fieis a preparação para a Ressurreição do Senhor.
Ontem a Paróquia São Pedro de Alcântara, onde está sediada a Catedral, realizou a bela Cerimônia de Ramos presidida por nosso Bispo Diocesano Dom Gregório Paixão, concelebrada pelo Pároco Padre Adenilson Silva, e no altar também os Diáconos Marcos e Rafael, além dos Ministros da Eucaristia, Coroinhas e Acólitos.
A Sagrada Eucaristia recordou a Entrada do Senhor em Jerusalém.
O rito inicial se realizou a porta do Templo e seguiu-se a tradicional Procissão ao redor da Catedral.
Jesus Cristo, a partir de Sua morte e ressurreição redimiu a humanidade.
Ele nos reconciliou com o Pai. E ninguém viverá em plenitude se não se reconciliar.
Não é possível que vivamos a concórdia se o coração estiver tomado de ódio ou vingança.
Devemos nos abrir à misericórdia, aí sim, através dela a paz florescerá.
O jejum e a esmola nos convidam à caridade.
Tempo de perdão e de revermos nossos conceitos sobre a Justiça que há milênios, era proclamada por Sócrates.
Estou falando do ano 469 a.C. Pontificava que “justiça é dar a cada pessoa o que é seu”.
Seja feita acordes com o direito, de conformidade com a Lei, em harmonia com os princípios éticos e morais.
Na era contemporânea, destaco o pensador e filósofo Piero Calamandrei ao pontificar que “Para encontrar a justiça é preciso ser-lhe fiel. Como todas as divindades, só se manifesta aos que nela creem”.
E nós e integrantes de nossas famílias, a Igreja, os governantes, os poderes constituídos, a comunidade como um todo temos enorme parcela de responsabilidade a que ela cumpra seu papel em favor da humanidade, principal obra Divina, narrada em Gênesis.
Outro ponto cardeal ao merecimento da atenção geral são as crianças com relação à educação, formação moral e religiosa, emprego, aperfeiçoamento, esportes, nada de vida ociosa que lhes permita descaminhos.
O amadurecimento na fé e o preparo para o futuro impedirão que a tristeza tome conta dos corações e das ruas da Cidade.
Se cada munícipe contribuir nos limites da família, no ambiente de trabalho, no âmbito que conviva haverá menos violência.
Não me esqueço das palavras de minha irmã Eremita, habituada à leitura, disse-me esta máxima do pensador e filósofo Pitágoras (500.C.): “eduque a criança para que não seja necessário castigar o adulto”.
Ecoam mais que nunca atuais. A vida foi banalizada a tal ponto que, matar, para alguns, passou a ser comum.
A licenciosidade tomou conta. Alguns meios de comunicação que poderiam ser utilizados para o progresso e bem estar social, dado ao avanço tecnológico, são utilizados como aprendizado à violência e à morte.
Vivemos a Semana Santa.
No Domingo de Ramos recebemos o Divino Mestre aclamado com hosanas, ramos e tapetes coloridos.
Dias depois, cuspido, escarrado, coroado de espinhos e levado à morte.
E Ele a tudo obedeceu para redenção da humanidade.
A Quaresma, que do latim significa quadragésima, anuncia o ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo comemorado na Páscoa.
É tempo de oração, penitência, meditação, jejum e reflexão, para acolhida do Cristo vivo e ressuscitado.
E a Campanha da Fraternidade é uma atividade de ampla evangelização e tem como objetivo a preservação do meio ambiente.
Lutemos pela ecologia, por uma sociedade mais justa, solidária e pela promoção da criatura humana.
O “Sacrosanctum Concilium”, documento do Concílio Vaticano II, refere-se ao Ano Litúrgico indicando-nos objetivos a alcançarmos, “sobretudo, a formação dos fiéis em exercícios piedosos, benéficos ao corpo e à alma, pela instrução, pelas orações, penitência e misericórdia”.
A Semana é rica em cerimônias que revivem a paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo a exemplo da Missa dos Santos Óleos – a Missa do Crisma, o Lava-Pés, a Veneração ao Sagrado Lenho, a Bênção do Fogo – Renovação do Batismo, a Ressurreição de Jesus Cristo – Aleluia!
A Igreja prossegue seu destino conduzindo seu povo, restabelecendo a ordem primeira do plano divino e maior aproximação com Deus sob o pálio da doce Mãe Maria Santíssima.