Jubileu de Ouro Contábil

09/01/2018 17:20

Gosto de celebrar e esta palavra não me vem à mente tão somente com o fito de me recordar das aulas de português de meus professores do primário, ginasial, segundo grau ou do curso superior que em perfunctória síntese aos olhos e visão daquele jovem era um verbo transitivo direto de realizar fosse ao sentido de promover uma aliança, bodas, Eucaristia ou acolher com festejos e exaltação desde um aniversário natalício ou a vitória de nosso time de futebol… Entre os hebreus, antigamente, era uma festividade realizada de cinquenta em cinquenta anos, onde se comemorava a remissão das culpas, da escravidão e da servidão. Jubileu para o mundo cristão não significa tão somente compor 50 anos de existência, mas também relembrar outros aspectos descritos nas sagradas Escrituras, como a instrução ou mandamentos de Deus para com o povo de Israel. Jubileu é uma contagem do tempo. Ao se completar se reveste numa grande festa: "O ano da graça do Senhor". Vida e libertação. Em Levítico 25,10  vemos as palavras do próprio Deus a Moises: “Santificareis o quinquagésimo ano,  proclamando na vossa terra a liberdade de todos os que a habitam.” Do latim commemoratione. Ato ou efeito de comemorar que implica em fazer recordar, celebrar, festejar, solenizar, lembrar, e finalmente, cultuar a memória e a história. É a (re)construção do memorial. A celebração do Jubileu de Ouro ultrapassa, portanto, as festividades, para constituir-se em um momento privilegiado de reflexão. Seguindo este fio condutor lhes garanto que  os anos transcorreram e o tempo não me   causa dissabor, nem pode servir de argumento para significar baixo astral ou prognóstico sombrio, nem há que se pensar que doravante   nos resta  a morte, até porque para princípio de conversa,  morte  só existe para aquilo que não é eterno. Ao contrário de pensar no declínio, entremeado pela calvície e famosas rugas de expressão, o prateado dos cabelos, bom mesmo é celebrar. Louvar, desabrochar um sorriso por mais um dia e viver! Em visita a Três-Rios, comparecemos a um evento no C.A.E.R. à solenidade promovida pela Matriz de São Sebastião a convite a sobrinha profa. Andrea Barbosa e ali recordei que no dia 20 de dezembro de 2017 que se despede estarei relembrando o meu “Jubileu de Ouro Contábil.” Revivi o clube repleto, a valsa com mamãe, a colação de grau e meu primeiro pronunciamento oficial (embora já o fizesse na Capela e no Colégio em H. Silva ainda adolescente) como orador da turma, enfim, rememorar que permanecem vivas na memória e no coração. Esse Jubileu de Ouro se estende a nossa vinda, minha e de Célio para este pedaço de céu…Dezembro me lembra de também e inclusive o dia 14 do ano de 1974 quando colamos grau pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Petrópolis. Entre o vestibular e ocurso serão somados 48 anos. Inacreditável. Mais motivos a celebrar? Pena que os Colegas de turma em sua maioria não veem motivo para comemorar alguns diz até “esqueça, não me fale disso.” Não importa. Saudosismo ou não estarei como continuo a rezar por todos, por nossa história e memória, desde o sol que desponta, à noite que com seu “manto cobre a terra” e bordam de estrelas o céu e celebrar o dia que amanhece e a alegria de compartilhar desse mundo brincalhão, barulhento. Que Maria Santíssima nos permita celebrar as etapas que nos pósteros sejam concedidas pela Divina Graça e nos proteja aqui e nos acolha na Divina Morada quando chegada  à derradeira hora. 

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