Justiça decreta prisão preventiva de mulher que tentou internar a mãe à força em clínica psiquiátrica de Petrópolis
A Justiça decretou, nesse sábado (25), a prisão preventiva de Patrícia de Paiva Reis, suspeita de manter a mãe, Maria Aparecida Paiva, internada, mesmo sem estar doente e de forma compulsória, em duas clínicas psiquiátricas de Petrópolis. A decisão também é válida para o marido de Patrícia, Rafael Machado. A dupla havia sido presa na sexta-feira (24), por policiais civis da 9ª DP (Catete).
O caso aconteceu no último dia 6, quando a idosa foi abordada ao sair de uma agência bancária, por dois homens que a colocaram em uma ambulância. Na ocasião, ela acreditou se tratar de um crime de “saidinha de banco” ou sequestro relâmpago, mas percebeu que o fato acontecia a mando de sua filha, já que um dos criminosos disse que “era coisa de família”.
Segundo as investigações, o crime teria motivações financeiras e o casal tinha como objetivo desqualificar a vítima para ficar com parte da pensão dela. A Polícia Civil também informou que uma das motivações para a internação da vítima, poderia ter sido a denúncia feita por Maria, de que os netos (filhos de Patrícia) de 2 e 9 anos, estariam sofrendo maus-tratos. A internação seria uma forma de coagir a idosa. A denúncia foi feita na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).
As clínicas, localizadas em Araras e Corrêas, onde Maria Aparecida ficou internada, foram interditadas nesse sábado.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Felipe Santoro, a conduta dos médicos que atenderam Maria Aparecida também serão apuradas.