Justiça determina que o CTO dê continuidade no tratamento dos pacientes da Unimed

02/01/2017 18:27

O impasse entre o Centro de Terapias Oncológicas (CTO) e a Unimed Petrópolis, continua. Isso porque a clínica informou nesta segunda-feira (2) que não vai mais atender os pacientes do plano de saúde. O anúncio causou desespero para quem precisa fazer o tratamento contra o câncer. Mas já no fim da tarde a Unimed disse que, em conjunto com o Sistema Unimed do Estado do Rio de Janeiro, estão atentos aos últimos acontecimento e que conseguiram garantir judicialmente a continuidade do atendimento aos clientes. Afirmou ainda que se reuniu ontem com a gerência do CTO buscando soluções ao impasse financeiro, buscando assim manter a parceria de mais de 20 anos. 

Desde a semana passada o problema vem gerando preocupação para os petropolitanos. Isso porque o CTO colou um cartaz na porta falando sobre a situação em que se encontra a parceria com a Unimed, que vem descumprindo continuamente os repasses por serviço prestado. A clínica existe há mais de 35 anos e atende pacientes de diferentes cidades do estado. Além disso é conveniado a uma série de planos de saúde, como Amil, Bradesco e Sul América, além do SUS.

No início da manhã de ontem, Ana Maria Kreischer Vogel, de 70 anos, saiu de casa, no Bingen, para   fazer a sessão de quimioterapia para tratar um câncer no ovário. Ao todo, ela precisa fazer 6 ciclos a cada 21 dias. E já está no fim do 5º ciclo. Mas quando chegou no CTO recebeu a notícia de que o convênio com a Unimed havia sido suspenso. Indignada a filha dela Anelise Vogel, de 39 anos, pede providências. “Na semana passada quando questionei a clínica, disseram que a notícia sobre a suspensão que havia se espalhado não procedia. Mentiram!”, enfatizou. 

Anelize procurou a ouvidoria da Unimed e agora aguarda um novo posicionamento. “Isso não pode acontecer! É desumano! Estão tirando o direito à vida dessas pessoas!”, destacou, contando que a mãe está respondendo bem ao tratamento e que paga o plano de saúde há mais de 25 anos. “O caso dela é grave. Como vamos fazer sem o convênio?”, indagou. 

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