Kamala Harris se sai melhor que Biden, mas segue atrás de Trump em pesquisa NYT

25/jul 16:13
Por Gabriel Bueno da Costa / Estadão

A provável candidata do Partido Democrata à Casa Branca nos Estados Unidos, a vice-presidente Kamala Harris, tem desempenho melhor que o do atual presidente, Joe Biden, mas fica numericamente atrás do ex-presidente Donald Trump, como também ocorria com o atual líder, de acordo com pesquisa divulgada hoje pelo jornal The New York Times e elaborada pelo Siena College.

Entre prováveis eleitores, Trump aparece com 48% e Harris, com 47%, enquanto entre eleitores registrados a vantagem do republicano é de 48% a 46%. A margem de erro para prováveis eleitores é de 3,4 pontos e a de eleitores registrados, de 3,3 pontos, na sondagem nacional, ou seja, há empate técnico.

O NYT reporta que Kamala Harris começa a campanha de pouco mais de 100 dias até a votação “em um virtual empate” com Trump. A pesquisa também mostra que, para 70% dos eleitores democratas, o partido deve confirmar logo o apoio à vice-presidente, em vez de realizar um processo para escolher o nome a disputar.

Em pesquisa da mesma instituição do início de junho, Biden estava 6 pontos porcentuais atrás de Trump, entre prováveis eleitores, após o desempenho fraco no debate que acabou sendo o estopim de sua retirada da disputa. Entre eleitores registrados, a vantagem de Trump era maior, de 9 pontos.

O levantamento mais recente mostra Harris se saindo melhor em grupos nos quais Biden mostrava fraqueza, em especial entre eleitores jovens e não brancos. Ao mesmo tempo, alguns democratas temem que ela não consiga ter a mesma força de Biden entre os eleitores mais velhos, entre os quais a sondagem de fato mostra alguma perda de apoio entre democratas ao novo nome.

O NYT ainda adverte que, como a pesquisa é nacional, ainda não é possível mensurar de todo o impacto de Kamala Harris nos Estados cruciais para a disputa, que podem pender para um lado ou outro a cada eleição (“Swing State”). Pelo sistema americano, por exemplo, é possível que um candidato perca na votação em nível nacional, mas consiga vitória folgada no Colégio Eleitoral, caso se desempenhe melhor nesses Estados cruciais.

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