Lanchonetes fecham as portas no Terminal Imperatriz Leopoldina
Depois do Fuka’s, que encerrou as atividades no fim do ano passado, Petrópolis perdeu mais uma lanchonete tradicional. A Patropi, que funcionava no Terminal Rodoviário do Centro e tinha mais de 50 anos de tradição, fechou as portas em meados de janeiro, pegando muita gente de surpresa.
“Frequentei o Patropi durante toda a minha infância. Me lembro que saía do EPA (Educandário Professores Associados) e passava ali para fazer um lanche na volta para casa. No início eu ia com minha mãe. Depois comecei a ir sozinho. Isso fez parte da minha história. São as boas lembranças de infância. Atualmente, no corre-corre do dia a dia, quase não passava mais por lá, mas é sempre uma tristeza para a gente perder um comércio, ainda mais tradicional e de nome como o Patropi. Lamento muito!”, disse Evaldo Moreira Júnior, que hoje é comerciante.
“Frequentei muito na infância! Me lembro que era uma lanchonete grande e que empregava mais ou menos 10 funcionários.Tinha grande variedade de lanches, caldos e salgados e, como era uma loja grande, com balcão amplo, suportava bastante movimento. Era uma das lanchonetes mais cheias do terminal”, lamentou Filemon Gonçalves Dias, agente administrativo da Câmara Municipal.
A professora aposentada Claudia Maria Barros, que mora no Centro, também guarda boas lembranças do local. “Frequentava no início dos anos 80, quando tomava vitamina com misto quente depois da faculdade”.
Além do Patropi, uma outra lanchonete que ficava ao lado também fechou as portas nas últimas semanas. A Milk’s, que ficava no mesmo local, o Terminal Imperatriz Leopoldina, no Centro, encerrou as atividades, deixando o corredor de baias de ônibus ainda mais vazio. Sem as tradicionais lojas, a rodoviária acaba ficando com aspecto de ainda mais abandono, deixando a tristeza aos usuários e clientes, que têm cada vez menos opções para comprar no local. “Tudo vai fechando e a gente vai ficando sem nada. Não sei o motivo, mas certamente essa crise econômica, com aluguéis caros, discussão sobre concessões e aumento em tudo o que é coisa acaba prejudicando principalmente quem tem algum comércio. É uma pena, porque os mais tradicionais estão indo embora”, contou Paulo Roberto Xavier, de 62 anos.
A Tribuna não conseguiu contato com os proprietários dos estabelecimentos.