Laudo médico aponta que Maria Thereza morreu por asfixia, por provável broncoaspiração
Três semanas após a morte do bebê, família ainda enfrenta dificuldades para ter acesso às imagens do sistema de segurança da creche
Após mais de três semanas de espera, a Polícia Civil informou que foi concluído o laudo de necropsia de Maria Thereza Vitorino , bebê de um ano que morreu engasgar com uma maçã dentro de uma creche da Prefeitura de Petrópolis. A criança faleceu no dia 22 de maio e seu corpo foi exumado para autópsia no dia 23. O resultado apontou que o bebê morreu por asfixia, por provável broncoaspiração.
No dia seguinte à exumação, a Polícia Civil informou que o resultado do laudo estava previsto para a semana seguinte, porém, ao ser questionada pela Tribuna no dia 31 de maio, a Polícia não retornou.
Dias depois, ao ser questionada novamente em 3 de junho, a PCERJ informou que os agentes da 105ª Delegacia ainda aguardavam o laudo. Na ocasião, a Polícia Civil também foi questionada sobre as imagens das câmeras de segurança da unidade escolar, e informou que as mesas estavam sendo analisadas e que, além disso, mais de dez testemunhas já teriam sido ouvidas.
Porém, no dia 7 de junho, após a família de Maria Thereza denunciar problemas para ter acesso às imagens, a assessoria da Polícia Civil informou que “não tem imagens da creche”. Em um novo questionamento, no dia 13, sobre o laudo e as imagens, a instituição respondeu que o laudo indicou que a causa da morte foi asfixia, por provável broncoaspiração. As investigações continuam para esclarecimento dos fatos.
A família alega que há imagens da creche, e não houve retorno sobre o acesso às filmagens e aponta a dificuldade enfrentada pela advogada da família da criança. Em um novo pedido enviado nesta terça, 14, sobre as imagens, a Polícia Civil não retornou. A família de Maria Thereza destacou novamente que não tem informações sobre o que houve com os arquivos.
Relembre o caso
Maria Thereza Vitorino, de apenas 1 ano, morreu no dia 22 de maio no Hospital Alcides Carneiro, dois dias após engasgar com uma maçã dentro do Centro de Educação Infantil Carolina Amorim, onde estudava, na Estrada da Saudade. O corpo da criança foi sepultado, mas a Polícia Civil pediu a exumação no dia 23 de maio, para que o laudo de necropsia pudesse ser feito.
De acordo com testemunhas que estavam na unidade no dia em que o acidente com a criança aconteceu, Maria Thereza já estaria desmaiada por volta de 14h05, mas só deu entrada na Upa Cascatinha às 14h39, mesmo a creche ficando a 1,5 km da unidade de saúde.
Na ocasião, a Secretaria de Educação informou que abriu sindicância para apurar os fatos, mas nenhuma informação nova foi repassada desde então pelo município. Após a morte da criança, um protocolo de segurança para as escolas foi lançado pela Prefeitura.