Lava Jato de Petrópolis: ex-vereador e assessores vão responder por lavagem de dinheiro

16/03/2017 16:15

A força tarefa formada pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPERJ), a Polícia Civil e o Judiciário que investiga o esquema de corrupção na Câmara Municipal, vai instaurar outro inquérito contra o ex-vereador Vadinho e seus assessores para apurar o crime de lavagem de dinheiro. A decisão foi tomada durante uma reunião de trabalho da força tarefa realizada esta semana. 

O esquema de corrupção na Câmara começou a ser investigado em setembro do ano passado quando uma ex-assessora de Vadinho denunciou ao Ministério Público Estadual a prática de extorsão, quando o ex-vereador obrigada os servidores a devolverem parte do salário. Contra Vadinho foram apresentadas provas da extorsão, como comprovantes de conta bancária e áudios.

Agora, a origem desse dinheiro agora será investigada pela força tarefa. "O novo inquérito que será aberto vai apurar a lavagem de dinheiro desta organização criminosa", disse um integrante do grupo. 

Outro ponto discutido durante o encontro da força tarefa foi a participação do Grupo de Atuação Especial no combate ao crime organizado (Gaeco). "A partir de agora o GAECO vai ajudar nas investigações. É um grupo especializado nos crimes de corrupção, formado por  promotores do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro", explicou o integrante.

Vadinho e três assessores – Marcos Antônio Felix da Silva, o Marquinho; Jaqueline Batista de Jesus e Angela Regina Borsato dos Santos – estão presos deste o dia sete por envolvimento em outros crimes de peculato, concussão e associação criminosa. Na última quarta-feira (15) eles tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Petrópolis, Afonso Botelho. A denúncia foi oferecida pela promotora Maria de Lourdes Feo Polônio, da Promotoria de Investigação Penal do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPERJ). 

Um outro assessores do ex-vereador, Luiz Otávio da Costa Penna, também acusado de fazer parte do esquema de corrupção vai responder em liberdade. Ele assinou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual e está colaborando com as investigações. 

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