Legumes e frutas tiveram queda de preço no mercado
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPCC1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, fechou 2016 com uma taxa de 6,22%. A taxa é inferior aos 11,52% de 2015, segundo dados divulgados esta semana pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Na sexta-feira, na pesquisa de preço realizada pelo jornal, foi possível constatar que a maioria dos legumes e frutas teve queda no preço se comparado com janeiro de 2016, quando o tomate estava sendo vendido a R$ 8,94 no Terê Frutas e hoje, no mesmo estabelecimento, é vendido a R$ 2,99, uma diferença de 66,55%.
Sobre o tomate, os dados do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), revelam que no mês de novembro teve queda de preços em quase a totalidade dos mercados analisados. A exceção ficou por conta da Ceasa/RJ – Grande Rio, com alta de 8,97%. Esse aumento se deu em função da diminuição da oferta provocada pelas fortes chuvas registradas em algumas regiões produtoras que abastecem o Rio de Janeiro, principalmente em meados de novembro. Podese exemplificar as chuvas nas lavouras do Espírito Santo, mais precisamente em Venda Nova do Imigrante, como apresentado pelo CEPEA/ESALQ.
Esse estado participa com cerca de 30% da comercialização realizada no entreposto da capital carioca. Dessa forma, a diminuição da oferta no mercado se refletiu no preço nos dias que se seguiram as chuvas e, assim, influenciando na média mensal para o produto. Verifica-se nos preços diários que o tomate ofertado no Rio de Janeiro/RJ, que era cotado a R$1,60/kg em 9/11, passou para o patamar de R$2,73/kg em 16/11, evidenciando um aumento de 70% em uma semana.
O que ocorreu em novembro não refletiu em dezembro, que contou com uma queda significativa do preço, influenciando na queda do valor do produto no início deste ano. Como resultado disso, em Petrópolis os supermercados localizados no Centro Histórico estão vendendo o tomate de R$ 2,49 a R$ 2,99.
Por outro lado, o inhame, que em janeiro de 2016 tinha uma média de preço de R$ 5,50, na sexta-feira estava sendo vendido de R$ 5,90 a R$ 7,15. Com esses valores, o consumidor precisa ficar atento e fazer pesquisa caso queira economizar nas compras, pois a tendência é que determinados produtos fiquem com preços baixos e outros, como a pera Willians, continue em alta, R$ 9,98.
A grande oferta de batatas provocou queda no preço do produto nas principais centrais de abastecimento do país em novembro. O 12º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que os maiores recuos ocorreram no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, de 23,20% e 21,53%, respectivamente. Essa queda se manteve no início de janeiro, pois a batata está sendo vendida a R$ 1,49 no Terê Frutas. Em janeiro de 2016, o preço mais barato era de R$ 3,50, uma diferença de 57,43%.
O quilo da cenoura ficou 25,17% mais caro na Grande Vitória/ES, sendo vendido a R$ 1,15. Em Fortaleza/CE e Recife/PE houve alta de 4,74% e 2,60% e o quilo foi comercializado a R$ 1,21 e R$ 1,54, respectivamente. Nos outros estados pesquisados a cenoura ficou mais barata em novembro, com o menor preço em Campinas/ SP, R$ 0,70/quilo.
Em contrapartida, por questões climáticas, a alface e a cebola ficaram mais caras em todas as centrais de abastecimento analisadas. No DF, a alta chegou a 92,25% para a alface e 49,36% para a cebola. Mesmo com aumento em todos os mercados, a cebola mantém preços mais baixos que os praticados no mesmo período do ano passado, graças ao aumento da produtividade nas lavouras da região Sul..