Leptospirose em cães: um alerta para prevenção e diagnóstico precoce

Conheça os riscos e medidas para proteger seu pet e a família contra essa grave zoonose

23/jun 16:59
Por Redação/Tribuna de Petrópolis

A leptospirose é uma doença que afeta não apenas seres humanos, mas também animais como os cães. Sua gravidade e potencial zoonótico exigem medidas preventivas e um diagnóstico precoce para garantir a saúde dos pets e das famílias. Compreender os sintomas, formas de transmissão e prevenção é fundamental para proteger a todos.

A leptospirose em animais domésticos é uma doença séria e preocupante, sendo considerada uma zoonose devido à sua capacidade de infectar diferentes espécies, incluindo seres humanos.

“A leptospirose é uma doença causada por uma bactéria espiralada chamada Leptospira. Ela é transmitida principalmente pela urina dos roedores, como a ratazana (Rattus norvegicus), mas outros animais infectados podem transmitir para outras espécies e humanos também,” comentou a veterinária Rosana Alves Martorelli, professora da Estácio Petrópolis.

A transmissão é facilitada pelo aumento das chuvas, que acabam por transbordar as redes de esgoto ou de locais onde os roedores habitam. A doença pode ser transmitida pelo contato com a urina contaminada de animais infectados, como ratos, gambás e guaxinins, ou por secreções de animais de estimação contaminados. Isso torna fundamental a adoção de medidas de higiene ao cuidar de um pet doente e a realização de limpezas frequentes no ambiente.

Os sintomas da leptospirose canina podem variar, incluindo prostração, febre, perda de apetite, vômito e icterícia (amarelamento da pele e mucosas), além de aumento de volume da região abdominal. O aparecimento desses sintomas pode variar, podendo levar dias ou semanas.

“O diagnóstico definitivo pode ser feito por diferentes técnicas imunológicas. Não há muita dificuldade no diagnóstico da doença, mas ela pode ser confundida com outras infecções que afetam o fígado dos animais. Após a confirmação laboratorial, deve-se proceder ao tratamento com antibióticos e outros medicamentos de suporte. Dependendo do estágio da doença, o tratamento pode ser realizado em casa ou pode ser necessária a internação. Se o diagnóstico for precoce, há muita chance de recuperação, mas não se pode relaxar com a administração dos medicamentos durante o período que o médico veterinário estabelecer e com o cuidado com a urina dos animais na convalescença,” comentou a veterinária.

A prevenção é a melhor forma de proteger os pets e as famílias contra a leptospirose. A vacinação é essencial e deve ser realizada periodicamente, especialmente em áreas de maior risco. Além disso, cuidados com a higiene do ambiente e a remoção de lixos são medidas importantes para afastar os roedores, principais transmissores da doença.

“O ideal é evitar sair durante as chuvas, certificar-se de que não haja roedores no local e vacinar contra a leptospirose anualmente. Cuidados com a urina de animais infectados também são essenciais. Para desinfetar adequadamente os ambientes onde o cão infectado esteve, é preciso usar substâncias desinfetantes próprias para locais com pets, pois produtos comuns de limpeza com cheiro forte são prejudiciais aos animais,” informou Rosana.

Em caso de suspeita da doença, é fundamental procurar atendimento veterinário para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.

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