Liberdade – 2ª parte

29/09/2017 11:05

Então, amigos, falávamos sobre liberdade, esta ânsia de todos, que faz, muitas das vezes, as criaturas buscarem disposições de vida que ultrapassam os limites do decoro, da materialidade, das convivências, do respeito, envolvendo a todos num turbilhão de sofrimentos, angústias e infelicidades.

Liberdade é outorga a ser ofertada àqueles que sabem o que ela representa e os efeitos gerados. A consciência precisa arbitrar sempre, pois as disposições íntimas de cada um de nós são infinitas e se não nos soubermos conter estaremos expostos, ainda à animalidade retida em nós, porque mal saídos deste estágio básico de vivenciação, nos vemos, muitas vezes, dando abertura às fontes de vibrações impuras e baixas, que assinalam as características da fome insaciável dos reinos inferiores.

Assim, mesmo nos trazendo sob a capa humana, já com critérios em razão e raciocínio, podemos escorregar e não observar os limites que nos são concedidos como seres detendo percepções mais avançadas e, com isto, não colocando os freios necessários do respeito e da concessão divina de almas pensantes.

Todos temos a liberdade de escolha, viemos já em propostas que nos foram colocadas, sabendo o quanto teríamos a ofertar a nós mesmos nesta vida. Deste modo, temos um limite para tudo, pois, cada ser vem colocando-se em papéis vivenciais a promover modificações, que, naturalmente, precisam ser efetivadas para obtenção de melhores performances na trajetória cármica. Aquilo que temos, é o justo e o necessário a podermos vivenciar algo que foi proposto a nós, antes do encarne. Esta liberdade deve ser dosada, para que não surjam abusos, preponderâncias e, para que não usurpemos do nosso próximo, aquilo que lhe pertence, apenas porque nos sentimos mais fortes, libertos emocional ou materialmente. Não podemos usurpar daquele que, talvez, nem saiba defender-se. Por isso, esta liberdade vem com um fator freio determinante que são os seus efeitos, justamente, porque a liberdade nos é concedida.

Mas, até que ponto, podemos usufruir dela? Até que entendamos que esta proposta de libertação da alma refere-se aos vínculos inferiores, vínculos estes primários, e que essa liberdade só será alcançada pela elevação dos nossos propósitos, pelo cultivo do amor e pela caridade. Caridade esta, a nós, que deve ser vista como uma caridade a que compreendamos os nossos erros e modifiquemos a nós mesmos e ao nosso próximo, como gostaríamos que fizessem a nós.

Portanto, o agradecimento deve ser constante e diário, para que possamos entender que quanto mais aceitarmos aquilo que vem a nós, esses efeitos de causas pretéritas, que geram os freios e as limitações, mais estaremos sendo ajudados, para que não avancemos neste processo de livre escolha, sem maiores responsabilidades.

Ponderemos sobre isso e tentemos analisar cada passada da nossa vida, para que não nos abalroemos, mais uma vez, com os infortúnios, com os orgulhos e com as vaidades.

Usemos desta liberdade que nos é concedida para aprendermos a ser almas agradecidas ao Criador, Que nos permite escolher nossos caminhos, a hora certa para que o aprendizado seja aceito e transformado em fonte de amor e sabedoria, as duas asas que nos poderão possibilitar atingir uma maior elevação espiritual.  

Deus abençoe a todos nós, e que a luz de Jesus penetre em cada coração, em cada alma. 

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