Lideranças nas comunidades são disputadas pelos partidos
Está frenético o mercado de liderança social comunitária. Os partidos estão à caça dos influenciadores de voto nas comunidades. Não necessariamente para filiá-los e compor a nominata a vereador, mas garantir apoio que pode fazer a diferença na hora de ir à comunidade pedir o voto. Mas, neste período também rolam as mudanças de time. No jargão, a trairagem, quando há a virada de casaca. Outros, já querem deixar esses bastidores e virar eles próprios os candidatos. Na atual legislatura, há bons exemplos de quem deixou o papel de coadjuvante para ser protagonista como os juniores, o Coruja e o Paixão. E assim, até o final da semana, prazo para filiações com vistas ao pleito deste ano, poderemos ter surpresas nas nominatas dos partidos.
Se ficar o bico pega…
O passarinho do bico preto piou (como gostam de falar os líderes comunitários) que as empresas de ônibus já começaram a reivindicar o reajuste tarifário. Vai passar ainda pelo Conselho Municipal de Transportes, mas está na época da choradeira das empresas mesmo. Agora estão chutando que a tarifa sobe para R$ 5,50, um reajuste de apenas 3,7%. Mas, jamais. Só se for milagre de ano eleitoral. A gente aposta em R$ 5,70.
… se correr o bicho come
Esse ano, se realmente conceder o reajuste, Bomtempo vai estar encrencado mais do que em anos não eleitorais. Porque terá pressa em promover a majoração para dar tempo de aliviar a barra até outubro. Por outro lado, o reajuste sendo concedido perto do Dia do Trabalhador é aquela bola fora. E ainda por luxo, o reajuste vem inclusive para as linhas que ainda estarão sendo operadas pela Cascatinha.
Todo cuidado é pouco
As empresas de ônibus, a cada ‘crise’, aproveitam para deixar a operação menor, baseada no que foi feito no período de forma emergencial e provisória. Assim, no final de semana das chuvas, deram aquela reduzida nos horários de sábado, por exemplo. O que a gente precisa ficar atento é que o provisório vira normal. Peguem como exemplo, depois do incêndio na garagem das empresas, a junção de vários itinerários na mesma linha, a eliminação de horários em outras tantas… Virou regra.
Contagem
E Petrópolis está há 330 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Francamente
Já estamos em abril e não tem um pré-candidato simuland, ops, quer dizer, sofrendo ameaças para ir registar um BO na delegacia.
Sem comemoração
Ninguém nem comemorou, ainda que o tema seja precioso para a cidade. Depois de janeiro ter contabilizado menos 31 vagas, fevereiro fechou com saldo positivo de mais 343 postos de trabalho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho . E mais: a maioria é derivada da indústria (166 novas vagas) e de serviços (186). E a gente não vê um planejamento municipal para apoiar nem esses nem outros setores.
E sem continuidade
E mais: a Secretaria do Trabalho, criada no final do ano passado por Bomtempo com anuência dos vereadores – mais uns 25 cargos comissionados – ainda nem saiu do papel. Nem para comemorar esse número, nem para dizer como se pretende ampliá-lo.
Devagarinho
Falando em secretarias, as novas, da Mulher e da Pessoa com Deficiência, que foram criadas e já funcionam, foram idealizadas na época das vacas gordas com R$ 288 milhões a mais de ICMS por ano. Agora que o Superior Tribunal Federal derrubou a liminar que mantinha quase R$ 24 milhões a mais de ICMS para a cidade, a prefeitura tem dificuldades em deixar as estruturas funcionais como devem ser. Já a do Trabalho, capaz de sair só mais pra frente.
Chama os bombeiros
Um vereador anda cuspindo fogo, por conta da candidatura de um chef bem conhecido na região de Secretário. A eleição promete pegar fogo. O vereador anda dizendo aos mais chegados que qualquer 50 votos que o chef tirar dele, pode atrapalhar a sua reeleição e vem cobrando empenho de sua equipe para se preparar para a eleição. A missão é difícil e o chef é bem querido…
Rodoviária Bingen
No dia 12 de dezembro, a prefeitura anunciou que o Tribunal de Justiça do Estado reconheceu, em decisão judicial, que não tinha mais validade o contrato da Sinart na gestão da rodoviária, no Bingen. Uma semana depois, a CPTrans assumiu a operação lá. E aí, nós e muita gente, ficou pensando: mas com que força de trabalho? Eis que no dia 19 de dezembro, a CPTrans firmou contrato com uma empresa paulista para a gestão da tarifa de embarque das empresas intermunicipais e interestaduais que operam lá. Contrato com remuneração de 2% sobre a movimentação e pelo período de 12 meses. E teve licitação?
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