Lira: Em vez de discórdia, esforço é para nos unirmos para resolver vacinação

02/03/2021 16:48
Por Nicholas Shores e Matheus de Souza / Estadão

Após almoçar com governadores, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), afirmou que a reunião foi parte de um esforço para que todos no País se unam em torno do objetivo de resolver gargalos na vacinação contra a covid-19, em vez de, nas suas palavras, tratar as coisas “na discórdia, na disputa política, nas diferenças ideológicas”.

O encontro ocorre um dia após 18 gestores estaduais assinarem uma carta criticando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governo federal por “priorizar a criação de conflitos”. O documento foi uma resposta a publicações nas contas do chefe do Planalto e da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência no Twitter com valores de repasses da União aos Estados em 2020 – na visão dos governadores, feitas “a fim de produzir informação distorcida, gerar interpretações equivocadas e atacar governos locais”.

Da reunião de Lira com o Fórum dos Governadores, saiu a possibilidade de se criar um grupo de trabalho com representantes dos Executivos estaduais, da Câmara, do Senado, do Ministério da Saúde e do Itamaraty para acompanhar o processo de importação do princípio ativo para produção de vacinas, o chamado IFA, e o trabalho nas fábricas de laboratórios que produzam imunizantes no Brasil.

“Vacina para os brasileiros com maior brevidade, com maior urgência, com mais efetividade, vai ser o nosso maior compromisso, eu acho que o maior tema da discussão que hoje nós fizemos aqui na residência oficial”, declarou o presidente da Câmara em frente à casa. Além de governadores, a presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputada Flávia Arruda (PL-DF), também estava presente.

Sem entrar em detalhes, o parlamentar alagoano também informou ter tratado no almoço sobre o auxílio emergencial, pautas de saúde e uma pauta federativa. De acordo com Lira, este último tema envolve modificações da legislação para que todos os Estados tenham “comportamento uníssono” com relação a matérias que sejam discutidas no Congresso Nacional.

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