Livro desvenda os poderes medicinais da própolis

17/02/2020 12:25

Dizer que Walter Bretz é um apaixonado por própolis é muito pouco, pois seu interesse e trabalho vão muito além de um simples interesse e isto pode ser comprovado no livro “Própolis – muito além de um antibiótico natural”. Para ele, um dos dados mais importantes de sua obra, que afirmou ser uma “grande sacada”, é a “bula que preparamos mostrando como usar de forma correta a própolis em diferentes problemas de saúde”.

O lançamento do livro aconteceu na sexta-feira, na Livraria Nobel, no Centro, e foi publicado pela Editora Vozes. Ele é resultado de um trabalho de 30 anos, sendo que vários artigos foram publicados por Walter Bretz nos Estados Unidos, onde desenvolveu a maior parte de seu trabalho. Mesmo sendo um trabalho científico, o pesquisador quis escrever um livro que tivesse uma linguagem acessível a todas as pessoas e com informações precisas de como usar e também sobre a importância da própolis.

No capítulo onde responde a pergunta “O que é a própolis?”. Walter Bretz afirma que “é um presente da natureza. Trata-se de uma substância produzida pelas abelhas a partir de resinas vegetais, brotos de determinadas árvores e arbustos e botões florais, sendo completada com suas secreções salivares, pólen e cera”. Ele explica ainda que nas colmeias, as abelhas usam a própolis para selar possíveis aberturas, chegando a envolver com ela pequenos “corpos estranhos”, como animaizinhos, bem como substâncias com odor forte, para evitar putrefação e mau cheiro.

Algo que talvez seja novo para o leitor é saber, por meio das explicações de Walter Brez, que há três tipos de própolis: marrom, verde e vermelho. A marrom, segundo ele, é em geral mais viscosa que a verde e a vermelha, possuindo ação antibacteriana, antiviral, antifúngica e cicatrizante. Já a verde, além das ações da marrom, ainda pode ser indicada para o alívio de dores, podendo ser um auxiliar na inibição do crescimento de células tumorais.

Para o pesquisador, a própolis vermelha é a mais importante e, por isso, um de seus projetos é trazê-la para região Sudeste, pois é produzida mais em estados do Nordeste, em regiões de manguezais. De acordo com ele, este tipo de própolis possui uma substância chamada isoflavona, com propriedades antirretrovirais e por isso vem sendo testada como uma possibilidade no tratamento da Aids.

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