Lixo de supermercados e restaurantes não será mais recolhido pela Comdep

12/03/2019 19:40

Após uma confusão a respeito de quem deveria fazer a coleta do lixo especial no centro da cidade, alguns proprietários de estabelecimentos comerciais acabaram arcando com a despesa e fazendo o próprio recolhimento. Embora o Código de Posturas do município especifique que a destinação de lixo especial (acima de 500 litros) é de responsabilidade dos estabelecimentos geradores, o município vinha fazendo o recolhimento. Segundo alguns estabelecimentos, sem aviso prévio, o lixo não foi recolhido por três dias na semana passada, e somente após reclamações foi removido.

No último sábado (9), a Tribuna de Petrópolis relatou o problema do acúmulo de lixo na calçada da Rua Marechal Deodoro, e após a denúncia, a Comdep fez o recolhimento. Na ocasião, a prefeitura informou que notificou as empresas geradoras de grande quantidade de lixo (como supermercados, restaurantes e lanchonetes) que deveriam se adequar à legislação. Mas os estabelecimentos negam ter recebido qualquer notificação do tipo. 

Pegos quase de surpresa, a rede de supermercados Terê Frutas, por exemplo, contratou uma empresa para fazer o recolhimento do lixo em todas as suas unidades.  “Não podemos prejudicar os pedestres e muito menos os clientes da loja. Mas não é justo que paguemos os impostos e o lixo não seja recolhido como sempre foi. Dessa forma, pagamos o imposto duas vezes”, criticou o gerente Leandro Carius.

Outros restaurantes, que normalmente produzem pouco mais 500 litros de lixo por dia, adotaram a mesma medida. Agora, estabelecimentos que produzem menos do que o determinado na legislação continuarão tendo os resíduos recolhidos. Em nota, no último sábado, a prefeitura informou que passou a exigir o cumprimento da legislação municipal a partir de 10 de janeiro, e em seguida, estendeu o prazo a té semana passada para que os estabelecimentos se adequassem. E informou que dilataria o prazo mais uma vez para que elas se adéquem ao Código de Posturas.

A prefeitura foi novamente questionada sobre as notificações, e sobre qual foi a orientação dada aos proprietários dos estabelecimentos, mas não respondeu aos questionamentos. 

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