Lixo no rio: cobrança às autoridades e pedido de responsabilidade à população

Moradores do distrito de Corrêas estão preocupados e já não sabem mais a quem recorrer. A combinação da falta de responsabilidade de algumas pessoas e da inexistência de fiscalização para coibir o descarte irregular de lixo está transformando a paisagem do rio que corta a região de Corrêas. Por lá é possível encontrar até uma geladeira que foi jogada na água. Moradores temem as consequências dessas ações, especialmente neste período de chuvas.

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Basta olhar para dentro do rio para ver o tamanho do problema. É possível encontrar entulho – como restos de obras e madeiras – garrafas, muitas sacolas plásticas, pedaços de eletrodomésticos e móveis. “Tudo isso entope os nossos bueiros e, na primeira chuva forte, a chance de inundação é grande. É claro que temos medo de ficarmos doentes, mas o que podemos fazer?”, lamentou o comerciante Márcio Ferreira, de 38 anos, lembrando que o problema não é exclusivo da região.

Em nota, a Prefeitura declarou que a limpeza em rios, feita com máquinas pesadas, é de responsabilidade do Inea (Instituto Estadual do Ambiente). A Secretaria de Meio Ambiente acrescenta que oferece palestras e aulas temáticas sobre preservação ambiental, abordando também a questão do descarte correto de lixo, nas salas de aula da rede municipal. O órgão lembrou também que o descarte de lixo em locais inapropriados é proibido pelo Código de Posturas e o despejo em rios é crime ambiental, com pena de até quatro de prisão e multa. Os moradores podem denunciar através do telefone (24) 2233-8180. A Tribuna questionou o Inea sobre a situação do lixo nos rios, mas não obteve resposta.