LNCC garante que supercomputador tem recursos para funcionar até o fim do ano
O supercomputador Santos Dumont, o segundo mais rápido e mais potente da América Latina, possui recursos para continuar funcionando pelo menos até o fim do ano. O equipamento, que fica instalado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), no Quitandinha, permite que cientistas e pesquisadores consigam realizar estudos de ponta para a realização de projetos voltados para beneficiar a sociedade. Atualmente, cerca de 100 projetos utilizam o supercomputador.
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Segundo o diretor do LNCC, Augusto Gadelha, o supercomputador é de suma importância não só para a comunidade científica da cidade – alunos, pesquisadores, empresários –, mas também, é importante para a relevância e visibilidade da cidade como polo tecnológico. “Além de todos os recursos que o supercomputador oferece para que os pesquisadores realizem pesquisas de ponta, Petrópolis foi reconhecida e projetada para o mundo como polo tecnológico.
"Por dois anos, tivemos o maior e mais potente computador da América Latina. Recentemente o México instalou um mais potente que o nosso, mas esta é uma ‘disputa’ saudável que só beneficia a própria sociedade como um todo” afirma o diretor.
Em setembro do ano passado, a crise financeira do país quase resultou no desligamento do supercomputador. Na época, o diretor do LNCC comentou que houve um corte de cerca de 44% no orçamento da unidade. O Santos Dumont começou a funcionar em julho de 2016 e foi adquirido com recursos concedidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
Em maio deste ano, o Ministério do Planejamento aprovou um aditivo de R$ 10 milhões, solicitado pelo laboratório ao Ministério das Ciências e Tecnologia. O valor, de acordo com o diretor, garantia o funcionamento do supercomputador e de toda a estrutura do LNCC.
“Até o fim de 2018, garantimos que o supercomputador permanece sem qualquer perigo de ser desligado. Entretanto, ainda não sabemos como será no próximo ano devido às eleições. Tudo vai depender de quem for eleito. O que podemos garantir a partir disso é que faremos de tudo para que mais recursos sejam destinados ao supercomputador”, declarou Gadelha.
O diretor também afirma que um possível desligamento do equipamento geraria dificuldades e prejuízos severos para a educação de todo o país. “As pesquisas aqui realizadas visam a inovação da tecnologia, que no futuro facilitará a vida das pessoas. Não queremos pensar em nenhuma hipótese do supercomputador ser desligado por falta de verbas, mas só quem perderia é a sociedade como um todo”, ressaltou.
O equipamento francês custou R$ 60 milhões e foi custeado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico. Atualmente, o supercomputador é utilizado por pesquisadores das áreas como energia, engenharia, química, meio ambiente, meteorologia, banco e mineração de dados, ciências biológicas e nanotecnologia. A máquina pode ser usada para pesquisas que envolvam uma quantidade muito grande de cálculos numéricos e análise de dados.