Lojas da Rua Teresa registram pouco movimento na última semana do ano

30/12/2016 17:05

O movimento do comércio na semana que antecede o Réveillon ficou abaixo do esperado pelos lojistas. Na Rua Teresa, principal Polo de Moda da cidade, as vendedoras comentaram que diminuiu o número de pessoas nas ruas e, no interior das lojas, o movimento foi de troca. O setor foi um dos mais afetados em 2016 pela crise econômica que o país enfrenta. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, de janeiro a novembro o comércio demitiu muito mais do que contratou. Ao todo, 404 postos de emprego foram fechados no período. O comércio emprega de maneira formal, em Petrópolis, 17.614 pessoas em 4.922 estabelecimentos. 


Ontem, na véspera do Réveillon, o movimento na Rua Teresa estava tímido. Uma vendedora que trabalha no polo há 30 anos e, preferiu não se identificar, contou que vendeu apenas uma peça no valor de R$ 80. Ela revelou que 2016 foi o pior ano das últimas três décadas em volume de vendas. “Temos visto que as pessoas não têm dinheiro e estão evitando gastar”, comentou. Na loja onde trabalha o que ajudou a aquecer um pouco foi o movimento do atacado, mas que durou apenas até o dia 15 deste mês. 


Regina Pereira, vendedora há quatro anos em uma loja na Rua Aureliano Coutinho observou muitas pessoas nas ruas, mas disse que as vendas mesmo, foram poucas. Ela afirmou que também registrou este ano como o pior de todos. Só nessa loja, Regina trabalha há quatro anos. A vendedora contou ainda que as compras de roupas para o Réveillon foram com antecedência o que justifica a queda do movimento esta semana no polo de moda. 


Vendedora de uma loja de roupa infantil Scarlet Oliveira confirmou a situação nada favorável do comércio. “Depois que passou o Natal, o movimento ficou ainda mais fraco. Estamos vendendo, mas pouco”, afirmou. 


Apesar de o setor ter enfrentado um ano bem difícil, os dados do Caged mostram que, com relação às contratações, a situação melhorou no fim do ano. Desde janeiro, a variação absoluta, que mostra a diferença entre os números de admissões e demissões, vinha fechando negativa. Em abril, por exemplo, o comércio fechou 147 postos de trabalho, número mais expressivo no comparativo dos meses. 


Por outro lado, em outubro e novembro, a quantidade de contratações superou as demissões. Em outubro, foram abertas 114 novas vagas e, em novembro, foram 294. Estes números são maiores do que os registrados em 2015. Em outubro do ano passado, o comércio fechou 57 vagas. Já em novembro abriu 223 novos postos. 


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