Lojistas da Rua Teresa pedem flexibilização nas barreiras para entrada de compradores

O polo de modas da Rua Teresa reabriu na segunda-feira (15), após quase 90 dias fechado devido às medidas de restrições impostas para conter o avanço do novo coronavírus. Porém, a autorização para funcionar não significou a volta dos clientes, o que levou os lojistas a pedirem à Prefeitura para flexibilizar o acesso às barreiras sanitárias para que os compradores possam entrar na cidade.

“Não é possível vender, sem clientes”, disse a presidente da Associação da Rua Teresa (Arte), Denise Fiorini. Para ela, a retomada no polo de modas precisa de ajustes. “A partir da reabertura, as lojas começaram a receber muitas mensagens de clientes que não conseguiram acesso à rua por causa das barreiras sanitárias. As compras realizadas por visitantes e turistas na Rua Teresa correspondem a 70% do total de vendas. O que frustrou os empresários que aguardavam por esse recomeço”, ressaltou.

Para a empresária Tatiana Vizoo, a Rua Teresa é muito além de um ponto turístico, é um ponto de negócios. “A flexibilização que estamos querendo é para manter a economia da cidade e da Rua Teresa. Estamos abertos, mas os nossos compradores não estão conseguindo chegar. A Rua Teresa é um local de negócio para negócio, não é só turismo”, enfatizou.

A empresária reforça que se não houver mudanças na flexibilização para permitir a entrada dos compradores, não haverá mais fôlego para continuar os negócios. “Acredito que muitos estão no limite, aguentando o quanto podem. A reabertura foi importante, mas se não permitirem que os compradores de fora cheguem, não haverá como manter por mais tempo”, lamentou.

A Arte informou que protocolou um ofício na Prefeitura solicitando a flexibilização das barreiras sanitárias para quem comprovar que vai fazer compras na Rua Teresa. “Muitos revendedores foram impedidos de entrar na cidade durante a semana”, disse Denise Fiorini. A associação também solicitou uma reunião com o prefeito Bernardo Rossi para tratar do assunto, mas o encontro ainda não foi marcado.

O problema enfrentado pelos lojistas também foi abordado na reunião virtual do MercoSerra (grupo criado para fomentar a economia da Região Serrana) realizada na manhã dessa sexta-feira (19). Alguns empresários da Rua Teresa questionaram o funcionamento das barreiras sanitárias e perguntaram aos representantes da Prefeitura de Petrópolis – o secretário de Desenvolvimento Econômico Marcelo Soares e o coordenador de Planejamento e Gestão Estratégica da Prefeitura, Dalmir Caetano – quando os compradores iriam poder chegar à Rua Teresa, mas nenhum dos dois respondeu aos questionamentos.

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A reabertura do polo de moda fez parte da segunda fase do plano de flexibilização das atividades econômicas e de serviços dentro da linha amarela. De acordo com o plano, as lojas na Rua Teresa devem funcionar em horário específico – de 10h as 16 – e cumprirem normas de segurança, como fornecer aos clientes alcool gel e só permitir a entrada de quem estiver usando máscaras. Os provadores não podem ser utilizados e os funcionários também devem usar máscaras.

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