Lollapalooza 2024: Thirty Seconds To Mars usa carisma de Jared Leto para fazer espetáculo
Quando o show já começa explosivo, é um bom sinal. Mas, para que isso se sustente, é preciso que a energia continue lá em cima o tempo inteiro. Graças ao carisma do vocalista (e ator) Jared Leto, o Thirty Seconds to Mars conseguiu fazer isso em sua apresentação no Lollapalloza Brasil, na noite deste sábado, 23.
Ao lado do irmão, Shannon Leto, que faz um excelente trabalho na bateria, ele provou que um setlist curto não é sinônimo de show ruim. Foram só nove músicas, mas o duo teve tempo de chamar fãs ao palco duas vezes e até convidar o jogador Marcelo, que foi lateral direito da seleção brasileiro, para fazer uma aparição ao público.
É verdade que a performance começou com vários buracos na plateia – talvez pelo sucesso da apresentação anterior, do irlandês Hozier, no Palco Samsung Galaxy, bem distante do Palco Budweiser. Mas o público logo começou a crescer.
De capa prateada e brilhante, Jared Leto chegou como um super herói, com o punho para o alto e pedindo para os fãs pularem com a música Up In The Air. O show de luzes, a pirotecnia e até balões pretos incorporaram a apresentação e a deixaram ainda mais grandiosa.
O cantor tem uma persona excêntrica, mas não por menos: é ator, um verdadeiro showman. Anda de um lado para o outro, interage com a câmera e sabe comandar uma plateia. Isso ajuda o espetáculo até mais do que sua voz, que é boa, mas também falha. Quando ele pediu para os fãs levantarem os punhos e gritarem “This Is War”, introduzindo a música de mesmo nome, o público acompanhou sem pensar duas vezes.
Rescue Me veio com o pedido para três fãs subirem ao palco. “Os mais selvagens”, pediu o cantor, que não hesitou e interagiu com os admiradores que queriam registrar o momento ao lado dele com os celulares. Já em Walk On Water, exibiu a bandeira brasileira. Inclusive, não faltaram elogios ao País, com frases como “Brasil, talvez vocês sejam a melhor plateia do mundo todo” e “Podemos voltar amanhã e fazer esse show de novo?”.
Leto vestiu a camisa brasileira, com o número 12 e o nome de Marcelo, dando um spoiler do que viria. No encontro um tanto quanto aleatório, o jogador subiu ao palco e, a pedido do cantor, disse para o público “ficar maluco”.
Vieram Attack e Stuck antes de The Kill, grande sucesso da banda. Nesse momento, o destaque da apresentação, Leto desceu do palco e “foi para a galera”, subindo na grande e cantando com os fãs. Para encerrar, chamou ao menos 20 pessoas para subirem ao palco, finalizando o show com Closer to the Edge.
É ótimo quando um artista valoriza quem o colocou ali e o Thirty Seconds to Mars fez isso. Foi um verdadeiro espetáculo, que, com o carisma de Leto, conseguiria entreter até um espectador casual.