Lucro da Frigol cai 92,9% e atinge R$ 1,7 milhão no 2º trimestre

08/ago 09:30
Por Leandro Silveira / Estadão

A Frigol teve lucro líquido de R$ 1,7 milhão no segundo trimestre, queda de 92,9% ante os R$ 24,1 milhões de igual período de 2023. A companhia, porém, reverteu o prejuízo de R$ 5,1 milhões do primeiro trimestre de 2024.

A receita líquida da processadora de carne bovina foi de R$ 786,9 milhões, alta de 4,4% na comparação anual.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 46,1 milhões, com alta de 58,7% sobre o segundo trimestre de 2023.

Em nota, a Frigol afirma que a variação cambial afetou o lucro.

Por outro lado, o CEO da companhia, Eduardo Miron, afirma que a alta do Ebitda se deu pela estratégia de “aumento de produção, custos diluídos, foco em mercados mais rentáveis e clientes mais estratégicos”. “São resultados extremamente saudáveis, refletindo nosso foco na disciplina financeira e esforço na gestão de capital de giro”, acrescentou, em nota.

A Frigol abateu cerca de 169 mil bovinos no período de abril a junho, alta de 23,4% em relação ao segundo trimestre de 2023, e diz que o resultado foi um “reflexo dos investimentos feitos para aumento da produção em suas três unidades no ano passado”. Ante o primeiro trimestre, o aumento foi de 16,6%. A expansão das vendas foi de 19% no mercado interno e de 11,5% no mercado externo, na comparação anual.

A China continuou sendo o principal mercado comprador da carne da Frigol, mas o volume caiu 1,8% ante o segundo trimestre de 2023. Israel, o segundo maior mercado, teve aumento de 143,2%. Com esse desempenho, 15,9% de tudo o que Israel compra de carne bovina do Brasil é da Frigol.

O embarque de produto da Frigol para outros países aumentou 103,4% em volume. Essa elevação foi ajudada pela habilitação, em maio, de todas as três unidades da companhia para exportação às Filipinas. Também no segundo trimestre, a empresa fez seu primeiro embarque para o Canadá.

A FriGol encerrou o mês de junho com caixa de R$ 303,9 milhões, alta de 3,9% na comparação anual. A alavancagem caiu de 2,4 vezes da relação dívida líquida/Ebitda no segundo trimestre de 2023 para 1,3 vezes.

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