Lucro líquido ajustado da Iguatemi cresce 24,6% e vai a R$ 106,5 milhões no 2º trimestre

07/ago 08:12
Por Circe Bonatelli / Estadão

A Iguatemi, dona de uma rede de 16 shopping centers, reportou lucro líquido ajustado de R$ 106,5 milhões no segundo trimestre de 2024, alta de 24,6% em relação ao mesmo período de 2023. Os números foram divulgados no período da noite da terça-feira, 6, após o fechamento do mercado financeiro.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 232,9 milhões, crescimento de 11,5%. Já a margem Ebitda foi a 73,1%, alta de 5,3 pontos porcentuais.

O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) ajustado chegou a R$ 153,9 milhões, aumento de 19,3%. A margem FFO foi a 48,3%, subida de 6,4 pontos porcentuais.

A receita líquida ajustada totalizou R$ 318,5 milhões, expansão de 3,4%.

O critério ajustado exclui os efeitos da linearização dos aluguéis, da oscilação no valor da ação da Infracommerce (empresa investida da Iguatemi) e do mecanismo de swap de ações. A linearização, por exemplo, gerou um efeito negativo de R$ 18,4 milhões, que foi mais que o triplo do mesmo período do ano anterior. Entretanto, esses fatores são contábeis e não mexem com o caixa.

Sem considerar ajustes, o lucro líquido foi de R$ 76,3 milhões, recuo de 1,4% na mesma base de comparação. O Ebitda alcançou R$ 210,8 milhões, alta de 7,8%, enquanto a receita líquida totalizou R$ 301,4 milhões, baixa de 0,4%.

A evolução nos resultados da Iguatemi (tirando os efeitos contábeis) está relacionada com o aumento na receita de aluguel de lojistas e estacionamentos e o corte de custos nas operações, que contribuíram para ganho de margem.

A receita de aluguel de espaços aos lojistas (composta por aluguel mínimo, porcentual e locações temporárias) teve crescimento de 3,3%, para R$ 251 milhões. A receita de estacionamento subiu 7,1%, para R$ 54,4 milhões. Já as receitas do seu braço de varejo (lojas físicas e marketplace) encolheram 3,5%, para R$ 38 milhões.

Os custos operacionais recuaram 18,7%, para R$ 63,8 milhões, enquanto as despesas administrativas caíram 6,0%, para R$ 28,2 milhões. Isso vem da reestruturação das operações de varejo e redução de pessoal, bem como de maior ocupação dos shoppings e diminuição nas despesas de áreas não locadas.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 76,3 milhões. Essa despesa foi 34% maior.

A Iguatemi encerrou junho deste ano com uma dívida líquida de R$ 1,7 bilhão e alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda anualizado) de 1,8 vez.

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