Luisa Baptista tem participação simbólica em triatlo após atropelamento: ‘Legal demais’

09/nov 14:13
Por Estadão

Com os olhos lacrimejados, Luisa Baptista não conteve a emoção ao participar da etapa de Brasília da Copa do Mundo de triatlo. A brasileira trotou por cinco minutos e recebeu uma medalha de ouro simbólica. Ela foi muito festejada pelo público que esteve presente no evento, incluindo seus familiares. A alegria estava estampada no rosto da atleta que deu um longo e apertado abraço em sua mãe.

“Correr esses cinco minutos é legal demais pra mim. É muito importante para a minha recuperação e sem dúvidas se não fossem vocês eu não estaria aqui hoje. Eu sei que muita gente me dá uma força enorme e eu tinha mais do que motivos para poder voltar”, afirmou Luisa Baptista.

Esta foi a primeira competição de Luisa Baptista, mesmo sendo simbólica, após o acidente sofrido em 2023. Ela foi atropelada enquanto treinava para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Ela chegou a ficar dois meses em coma, mas nunca desistiu e continua firme na luta por sua recuperação.

“Nós hoje passamos os cinco minutos mais felizes da nossa vida, depois de um ano muito difícil. Eu quero agradecer a todos, porque eu sei que a Luisa teve muita oração. Isso nos deu a Luisa de volta. Nos deu força pra gente enfrentar essa… Hoje nós estamos aqui muito felizes, chorando de alegria.O triatlo é uma família que a Luisa adotou, e com certeza, está no nosso coração”, disse Jaqueline, mãe de Luisa.

A brasileira foi atropelada por uma moto no dia 23 de dezembro de 2023, durante um treinamento de ciclismo na Estrada Municipal Abel Terrugi (SCA-329), em São Carlos, município do interior de São Paulo. O impacto resultou em múltiplos ferimentos e fraturas graves – sobretudo na tíbia e no fêmur.

Após as cirurgias, ela enfrentou complicações na coagulação sanguínea e nos pulmões, passando por terapia de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO). O procedimento funciona como um pulmão artificial, desviando o sangue do coração do paciente para oxigená-lo em uma membrana e depois reinserindo-o no corpo.

O motociclista Nayn José Sales também sofreu ferimentos de média complexidade. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), ele não possuía habilitação e teve sua motocicleta apreendida.

MANOEL MESSIA LEVOU O OURO

O brasileiro Manoel Messias repetiu o feito de Miguel Hidalgo, em 2023, e conseguiu a medalha de ouro da etapa de Brasília ao completar a prova em 54 minutos, à frente do australiano Callum McClusky e do espanhol Sergio Baxter, que completaram o pódio. No feminino, Vittoria Lopes foi a melhor do país ao ficar em oitavo lugar.

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