Lula viaja para Guiana e São Vicente e Granadinas nesta semana em nova agenda internacional

26/fev 14:51
Por Rafaela Ferreira, especial para o Estadão / Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja, nesta semana, para Guiana e depois São Vicente e Granadinas para participar de dois encontros regionais envolvendo países das Américas do Sul e Central e do Caribe. Ao desembarcar nos dois locais, Lula completará 31 países visitados desde o início do terceiro mandato, no ano passado.

Na quarta-feira, 28, o presidente chegará a Georgetown, capital da Guiana. Ele participará do encerramento da 46ª Cúpula do Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom), como convidado especial. Na quinta, 29, viajará para Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, no Caribe, para abertura da 8ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da Comunidades dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). O Brasil retornou ao bloco em 2023.

A Comunidade do Caribe é um grupo de cooperação política e econômica, sob forte influência dos Estados Unidos. São 15 países-membros que votam em conjunto em candidaturas e resoluções, além de representarem 7% dos assentos da Organização das Nações Unidas (ONU) e 40% da Organização dos Estados Americanos (OEA), segundo a embaixadora e secretária de América Latina do Ministério das Relações Exteriores, Gisela Padovan.

Em 2023, Lula deu prioridade a compromissos no exterior, segundo ele, em uma tentativa de reposicionar o Brasil no cenário global. Para o presidente, “nunca antes na história, o Brasil esteve tão respeitado no mundo quanto agora”, disse durante evento de comemoração aos 90 anos da Universidade de São Paulo (USP) no mês passado.

No dia último dia 18, Lula retornou ao Brasil após sua viagem ao continente africano, onde visitou o Egito e a Etiópia. Em Adis Abeba, capital etíope, o presidente comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza ao Holocausto. “O que está acontecendo em Gaza não acontece em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus”, criticou o presidente. A declaração motivou a oposição a apresentar um pedido de impeachment contra Lula, protocolado na semana passada na Câmara.

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