‘Luta pelo tombamento e pela desapropriação da Casa da Morte’ será tema de bate-papo na UERJ, em Petrópolis, nesta quarta

Atividade faz parte da programação da 8ª Semana da Memória, Verdade e Justiça de Petrópolis promovida pelo Grupo Pró-Memorial Casa da Morte

05/04/2023 14:21
Por Redação/Tribuna de Petrópolis

O histórico de luta pelo tombamento e pela desapropriação da Casa da Morte de Petrópolis para criação de um memorial será tema de uma roda de conversa nesta quarta-feira (5), na UERJ, em Petrópolis. O bate-papo, aberto ao público, será às 19h. A atividade faz parte da programação da 8ª Semana da Memória, Verdade e Justiça, promovida pelo Grupo Pró-Memorial Casa da Morte. A UERJ fica na Avenida Ipiranga, número 544, no Centro.

A Casa da Morte, localizada no Caxambu, é conhecida mundialmente por ter sido um centro clandestino de torturas e assassinatos durante a década de 1970, na ditadura militar, no Brasil. O assunto já foi tema de grandes pesquisas, como das Comissões Nacional, Estadual e Municipal da Verdade.

O objetivo de transformar o imóvel em memorial é para que os crimes ocorridos contra cidadãos brasileiros no passado recente não mais se repitam. Além disso, busca valorizar a memória das vítimas desse período obscuro da história do país, como Inês Etienne Romeu, que foi a única sobrevivente da Casa da Morte e possibilitou que o fato fosse amplamente conhecido. Também existem relatos de militares, como Paulo Malhães, Claudio Guerra e Marival Chaves, que revelam as atrocidades cometidas no local.

Para falar sobre o processo de tombamento e desapropriação do imóvel participarão da mesa nesta quarta: Marcus São Thiago, advogado e coordenador Especial de Articulação Institucional da Prefeitura de Petrópolis; Jéssica Dutra, arquiteta; e Noêmia Andrade Alves, da Escola Superior de Desenho Industrial da UERJ.

A Semana da Memória, Verdade e Justiça de Petrópolis é garantida pela Lei Municipal 7.358, de 2016, e tem como objetivo promover reflexões sobre os 21 anos de ditadura militar e as graves violações contra os direitos humanos ocorridas no período.

Exposições

Também dentro da programação da Semana da Memória, o CDDH abre ao público seus arquivos – com livros, matérias de jornais e relatórios sobre a ditadura militar no Brasil – com a exposição: “A censura não calou para sempre”. Estudantes, sociedade civil e pesquisadores poderão visitar o acervo até o dia 30 de abril. O horário de funcionamento é das 10h às 17h, de segunda a quinta-feira. O CDDH fica na Rua Monsenhor Bacelar, número 400, na subida do Valparaíso.

E entre 11 e 29 de abril, o CAALL abre a exposição iconográfica temporária: “Alceu Amoroso Lima e seu repúdio ao totalitarismo”. A mostra poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. O CAALL fica na Rua Mosela, número 289, em Petrópolis.

Programação:

Quarta (5 de abril)

19h – Roda de conversa com o tema “Casa da Morte de Petrópolis: a luta pelo tombamento, desapropriação e criação de um memorial”.

Convidados: Jéssica Dutra, Marcus São Thiago e Noêmia Andrade Alves

Local: Uerj Petrópolis

Exposições     

Até 30 de abril

“A censura não calou para sempre…”

Onde? CDDH Petrópolis – Rua Monsenhor Bacelar, 400 (subida do relógio de Flores)

Horário: 10h às 17h, de segunda a quinta-feira

De 11 a 29 de abril

Exposição iconográfica temporária

“Alceu Amoroso Lima e seu repúdio ao totalitarismo”

Onde? Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade – Rua Mosela, número 289, bairro Mosela – Petrópolis

Horário: 10h às 17h, de terça a sexta-feira

Foto: Divulgação

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