Macron alerta população para que se prepare para corte total de gás russo

14/07/2022 15:06
Por Associated Press / Estadão

O presidente francês, Emmanuel Macron, alertou o povo de seu país nesta quinta-feira, 14, para se preparar para um corte total do gás natural russo. Ele destacou medidas como apoio a fontes alternativas de energia, desligar as luzes públicas à noite e engajar-se para um período de “sobriedade” energética nacional.

A invasão russa da Ucrânia e as sanções que se seguiram agravaram outros fatores que elevaram os preços da energia e outros bens. Sem fim à vista para a guerra na Ucrânia, disse Macron, os franceses devem se preparar para que os custos permaneçam altos.

“Esta guerra vai continuar”, disse ele em uma entrevista televisionada que marca o feriado nacional da França, o Dia da Bastilha. “O verão e o início do outono serão muito difíceis”.

“A Rússia está usando energia, como está usando comida, como arma de guerra”, afirmou Macron. “Devemos nos preparar para o cenário em que teremos que ficar sem todo o gás russo”.

Ele disse que o governo prepararia um “plano de sobriedade” para economizar energia, que começaria com o desligamento das luzes públicas à noite quando estas não forem úteis.

A França continuará procurando diversificar as fontes de gás, disse Macron, pedindo uma mudança mais rápida para parques eólicos e mais cooperação energética na fronteira para enfrentar a crise atual.

Os oponentes políticos de Macron na extrema direita e na extrema esquerda culparam as sanções da União Europeia por reduzir o poder de compra dos consumidores franceses, ao mesmo tempo em que não conseguiram persuadir o presidente russo, Vladimir Putin, a retirar tropas da Ucrânia.

O presidente da França não deu nenhuma indicação durante a entrevista de mudança de política em relação à Ucrânia.

“O que você quer que façamos?” ele perguntou. “Queremos parar esta guerra sem nos envolvermos nesta guerra. Ao mesmo tempo, queremos fazer tudo para que a Rússia não vença, para que a Ucrânia possa defender seu território. Não queremos uma guerra mundial.”

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