Mais Médicos: vaga deixada por cubano no PSF da Posse deve ser substituída por brasileiro até o fim do ano

30/11/2018 16:20


Até o fim deste ano, os moradores do distrito da Posse voltarão a ter atendimento no Posto de Saúde da Família (PSF). De acordo com a Prefeitura, um médico está em treinamento – o que deve estar concluído em breve. O profissional, que é brasileiro, faz parte do Mais Médicos e foi selecionado pelo governo federal para ocupar a vaga no PSF que estava vazia desde o dia 23 de novembro, quando o médico cubano pediu o desligamento do programa, depois de quase dois anos atuando na região.

Em nota, a Prefeitura informou que a cidade dispõem de 11 vagas no Programa Mais Médicos e atualmente nove estão preenchidas. O município aguarda o encaminhamento dos profissionais para preencher as restantes. A Secretaria de Saúde não informou de onde seriam essas vagas, mas ressaltou que não há falta de atendimento em nenhuma unidade no município.

Ainda de acordo com a Prefeitura, a cidade conta apenas com uma médica de fora do país. A profissional, que é colombiana, atua no Posto de Saúde da Família localizado na Comunidade da 24 de Maio, no Centro. A médica está há cerca de dois na unidade. A Secretaria de Saúde ressaltou ainda que nenhum outro profissional que faz parte do programa pediu desligamento.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), as inscrições para o Mais Médicos terminam na próxima quarta-feira (7) e os profissionais tem até o dia 14 para se apresentarem nos municípios. Conforme o balanço divulgado na última quinta-feira (29) pelo ministério, dos 8.366 médicos que já estão aptos a se apresentarem.

Mais Médicos está provocando "onda migratória de profissionais"

Apesar da grande número de inscritos, o Conselho Nacional das Secretarias de Saúde (Conasems) divulgou um levantamento que aponta que a saída imediata dos cubanos e a abertura de 8,5 mil vagas do Mais Médicos provocou uma onda migratória de profissionais que já atuavam em outros serviços do SUS e estão pedindo desligamento do cargo para ingressarem no programa.

De acordo com o presidente do Conasems, Mauro Junqueira, “ao invés de somar profissionais, esse novo edital está trocando o problema de lugar. Se o médico sai de um serviço do SUS para atender em outro, o município de origem fica desassistido, independente se esse médico se desloca da atenção básica ou da especializada, principalmente em relação ao norte e nordeste onde todos os estados têm municípios com perfil de extrema pobreza e necessitam da dedicação desses profissionais que já estão trabalhando”.

Conforme o levantamento do conselho, no Estado do Rio de Janeiro, 79 profissionais inscritos  no programa já atuavam na Estratégia de Saúde da Família quando se inscreveram no Mais Médicos. Desses, 18 pediram transferência para São Paulo e cinco para a Bahia. Também há pedidos de realocação para outros nove estados.

Em nota, a Prefeitura de Petrópolis informou que nenhum médico da cidade pediu desligamento do cargo para ingressar no Programa Mais Médicos.

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