Marina: Fizemos processo disruptivo na presidência do G20 e devemos isso ao PTE
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o Brasil conduziu um processo totalmente disruptivo na presidência do G20 ao pautar como prioridade temas como a agenda ambiental e de clima e o enfrentamento às desigualdades sociais, incluindo o debate sobre a taxação dos super ricos. Ela enfatizou que o entendimento brasileiro sobre avanços, especialmente na agenda ambiental, veio do Plano de Transformação Ecológica (PTE), uma das principais apostas do governo.
“Nós fizemos um processo totalmente disruptivo, inovador e isso nós devemos muito a essa compreensão que veio com o Plano de Transformação Ecológica, de que meio ambiente e desenvolvimento não estão separados, de que o desafio da mudança do clima não está separado do desafio da transformação econômica e social dos nossos países”, afirmou durante a coletiva de balanço da Força-Tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima do G20, nesta quinta-feira, 24.
O Brasil aproveitou as reuniões do G20 para lançar a Plataforma Brasileira de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica (BIP), para ampliar os investimentos na transformação ecológica no âmbito do PTE.
“A plataforma tem um lastro: o Plano Clima, o Plano de Transformação Ecológica e outros poderão entrar. Nós já estamos fazendo esses adendos, como, por exemplo, o plano agricultura de baixo carbono, porque é um grande espaço de investimento para a agricultura sustentável, além de infraestrutura resiliente, além dos programas voltados na área de segurança energética, de transição energética”, disse. A ministra também destacou que o País tem boas parcerias, como o mecanismo para financiar floresta protegida, o Tropical Forest Finance Facility (TFFF).
A secretária nacional de mudanças do clima, Ana Toni, disse que a plataforma já abarca entre sete e oito projetos, que somam US$ 10,8 bilhões, em áreas de reflorestamento, fertilizantes verdes e minerais críticos, por exemplo. A ferramenta ajudará a encontrar financiadores para essas ações. A embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha de Finanças do G20, destacou que a ferramenta poderá desburocratizar o acesso entre projetos e instituições, incluindo organizações multilaterais.