Médico e estudante de Medicina acusados de estupro são transferidos para penitenciária em Benfica

04/10/2018 12:08

O médico ortopedista, Lucas Pena de Oliveira, de 29 anos, e o estudante de Medicina Guilherme Amorim, de 27 anos, foram transferidos na manhã desta quarta-feira (3) para a penitenciária de Benfica, na cidade do Rio de Janeiro. Eles são suspeitos de drogar e estuprar uma aluna também de Medicina depois de uma festa de alunos da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) no dia 31 de agosto. Os dois foram presos durante a Operação Tarja Preta, deflagrada por policiais da 106ª Delegacia de Polícia (DP), em Itaipava, na noite da última segunda-feira (2).

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Segundo a delegada titular da 106ª DP, Juliana Ziehe, a prisão dos suspeitos pode encorajar outras vítimas a denunciar. "O crime de estupro precisa de representação das vítimas, por isso é importante que elas venham até a delegacia. Sabemos que elas se sentem envergonhadas e com medo de denunciar este tipo de crime, mas é importante que elas venham até a sede policial e façam a representação contra os agressores", disse Juliana Ziehe.

O crime aconteceu no apartamento do ortopedista, na Rua Roberto da Silveira, no Centro. Depois da festa, denominada 100 dias de Medicina, que aconteceu em uma casa de festas na localidade da Duarte da Silveira, Lucas e Guilherme pararam em um posto de gasolina e deram uma pílula de ecstasy para a estudante, que acabou desmaiando. Ela foi levada para casa do médico onde foi estuprada. O exame de corpo de delito feito na jovem, mesmo depois de 15 dias do crime, quando ela tomou coragem para denunciar o estupro, comprovou a violência do ato sexual. 

De acordo com a delegada, os dois vão responder por estupro de vulnerável uma vez que a vítima estava insconsciente. "Guilherme é co-autor pois foi ele quem dirigiu o carro e levou a vítima até a casa de Lucas. Ele também é suspeito de vender a droga", explicou Juliana Ziehe. Em depoimento prestado na 106ª DP, o ortopedista negou o crime e alegou que a estudante consentiu o ato sexual. Já o estudante de medicina negou que cometeu o estupro e sobre a venda do entorpecente ele se reservou no direito de falar em juízo. No celular dos suspeitos, os policiais encontraram mensagens de texto e áudios sobre a compra da droga que seria distribuída na festa. 

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