Memorial das Chuvas: para não esquecer e não deixar repetir

27/03/2022 03:38

Já há o pensamento que ganha mais adesões a cada dia de que é necessário erguer um Memorial das Chuvas. Seria um monumento, com boa visibilidade, onde fosse colocado o nome de cada uma das pessoas que perderam a vida nas enchentes que assolaram a cidade.  O local precisa ser bem pensado: Praça da Águia é um dos locais sugeridos, mas podem surgir mais ideias.

Memorial digital

Já temos uma versão digital deste memorial. É o www.memorialpetropolis.app, um site que reúne, além de homenagens às vítimas das chuvas, artigos, ideias e reflexões sobre as sucessivas tragédias, além de propor soluções. Os organizadores se mantêm no anonimato porque creem que não deve ser personificado o movimento que é para a cidade toda. Entre as questões colocadas, a gente destaca a falta de percepção sobre o transbordamento dos rios e, consequentemente, a interdição de vias e aviso à população.

Projeção no Obelisco homenageando as vítimas mais recentes das chuvas do dia 20. Mas, basta uma projeção? Começa a tomar volume a ideia de um monumento permanente para que a gente não sofra da ‘amnésia do céu azul’.

Motorizados

Você acompanhou aqui esta semana que a Câmara de Vereadores está licitando aluguel de seis veículos, coisa de R$ 300 mil por seis meses e ainda pretende investir até R$ 586 mil para a compra de seis carros novos.  Mas, pode ser que o presidente Hingo Hammes decida acabar com veículos próprios e alugar os carros.

Vai de van!

Mas, nem tudo está perdido. Ao mesmo tempo, a Câmara de Vereadores contratou uma van por R$ 8,4 mil mensais por um ano. Vai que o veículo vai substituir os carros? Tipo uma van escolar: pega e busca os vereadores para as sessões.  Por outro lado, processo estranho que não tem licitação divulgada e apenas consta o contrato?

Placas

Falando em gastos dos vereadores, também foi concluída licitação para a compra de placas – R$ 40 mil – para presentear homenageados. Serão usadas na entrega do prêmio Destaque Empresarial e Medalha Koeler e em outras solenidades.

Ilhados

Longe de os Partisans se meterem na vida de nossas autoridades, mas já repararam que tanto o Corpo de Bombeiros quanto o Samu ficam na Barão do Rio Branco, via que também fica interditada com alagamentos nos dias de temporal? Muito antigamente era difícil o local inundar, mas agora é uma constante. Os carros dos Bombeiros, mais altos ainda vai, mas as ambulâncias…

Câmara nas Comunidades

Com tudo retornando ao normal com o arrefecimento da pandemia quando os vereadores voltam com o Câmara nas Comunidades, aquelas sessões nos próprios bairros? A gente queria sugerir que fossem no Boa Vista, Carangola, Jardim Salvador e Morro do Alemão, palcos das manifestações mais recentes sobre a deficiência no transporte público.

Daqui não saio

Pelas declarações dos secretários que Claudio Castro escalou para ajudar a cidade na tragédia das chuvas, ele vai ser uma pedra no sapato de Bomtempo durante muito tempo. Depois de anunciar R$ 200 milhões em obras emergenciais, Castro diz que não sai de Petrópolis até a cidade voltar ao normal. Pode ser impressão nossa, mas vai além do que construir uma boa imagem para a campanha deste ano. Tá parecendo que pegou ranço mesmo e vai ajudar a cidade atrapalhando os bomtempistas.

Contagem regressiva para dois eventos para lá de importantes no calendário de ciclismo mundial e que acontecem em Petrópolis: Copa Internacional Michelin de Mountain Bike, de 1º a 3 de abril, e a Copa do Mundo Mercedes-Benz de Mountain Bike, de 07 a 10 de abril. Os eventos rolam no São José Bike Club, no Vale do Cuiabá e nosso maior campeão, Henrique Avancini (foto de Bartek Wolinski), vai estar nas pistas!

Concorrência

Além das chuvas, o comércio de Petrópolis, em especial de modas, tem concorrentes de peso que são os feirões de malhas em Caxias. Quem já tava animado em subir a serra nestes últimos episódios de chuvas tá ficando na baixada mesmo.  Com a gasolina a R$ 8,39 e o pedágio a R$ 11,20 o panorama é ainda pior.

Desperdício

Como recordar é viver, no dia 07 de novembro, aqui mesmo, os Partisans davam o recado: “longe de os Partisans se meterem na vida da prefeitura, mas antes de colocar o asfalto na Rua Washington Luiz não era necessário dar uma olhada no afundamento da pista na beira do rio ali em frente a São Pedro de Alcântara?”. Não foi por falta de aviso.

Necessidade

Pensando além da reconstrução do que caiu, o que vai ser para a prevenção das inundações no Centro Histórico? Vai rolar piscinão ou extravasor? Porque algo de concreto e estrutural precisa ser feito.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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